Perturbador e brutal, filme da Netflix prende o espectador do início ao fim
“Cruzando a Linha” termina com um número: todos os anos, 250 mil crianças entram no sistema de adoção nos Estados Unidos. Essa informação, claro, precisa ser contextualizada, e é aí que o filme do italiano Michele Civetta passa a fazer sentido. Civetta parte de uma estatística solta num universo de mil outras realidades igualmente lamentáveis para, com muito tato, incluir a necessidade de um anti-herói que, sem figura de linguagem, dê a vida por essas pessoas e tome as devidas providências, fazendo, inclusive, o trabalho sujo.