Livros

Por que ainda estamos colorindo livros em 2025?

Por que ainda estamos colorindo livros em 2025?

Em 2025, os livros de colorir ocupam prateleiras de produtos sérios. São vendidos como autocuidado, como forma de presença, como remédio para ansiedade. Estão ao lado de velas aromáticas e diários de gratidão. Tornaram-se parte de um vocabulário emocional padronizado, em que relaxar significa manter-se produtivo de uma forma silenciosa e, de preferência, fotogênica. Colorir virou uma prática legitimada. Mas também uma prática sintomática.

De Emily Dickinson a Cormac McCarthy: a seleção definitiva da literatura americana

De Emily Dickinson a Cormac McCarthy: a seleção definitiva da literatura americana

Onze escritores formam a Seleção Literária Americana definitiva. Uma escalação que não celebra uma tradição — mas a reinventa. São autores que transformaram forma em fratura, estilo em ética, linguagem em território de disputa. De Melville a Baldwin, de Dickinson a McCarthy, esta equipe traça o mapa da literatura americana em sua tensão mais alta. No comando, Walt Whitman. Não como técnico, mas como batimento inaugural. Esta não é uma lista. É uma arquitetura viva. Uma convocação estética. Uma escuta radical daquilo que o país nunca conseguiu dizer em voz plena.

Os 8 livros favoritos de todos os tempos de Stephen King

Os 8 livros favoritos de todos os tempos de Stephen King

Nesta seleção, Stephen King revela um repertório literário surpreendente, marcado menos pelo medo explícito e mais pela corrosão silenciosa. Ausentes os nomes clássicos do terror, o autor opta por narrativas em que a inquietação emerge das falhas morais, das instituições decadentes e da linguagem em colapso. O horror aqui não se impõe — infiltra-se. São obras que desconstroem o consolo narrativo e instauram uma tensão duradoura, desconfortável, ética. O resultado não é uma lista de predileções arbitrárias, mas um gesto de leitura comprometido com o incômodo. Nenhuma dessas histórias oferece alívio. Todas sustentam a permanência do abismo.

10 romances escritos por mulheres que redefiniram a literatura moderna

10 romances escritos por mulheres que redefiniram a literatura moderna

Ao longo do século 20 e no início do 21, a literatura foi marcada por uma revolução silenciosa. O corolário desta pequena grande revolução foi o despontar de talentos vigorosos, que desafiam as formas, assuntos e, o principal, os limites impostos pela tradição literária, dominada por homens brancos e ocidentais. Virginia Woolf (1882-1941), Clarice Lispector (1920-1977) e Carolina Maria de Jesus (1914-1977) integram a seleção abaixo, junto com outras sete escritoras que promoveram uma metamorfose na arte literária nos últimos cem anos. Seu legado há de permanecer.

7 livros que previram os colapsos do século

7 livros que previram os colapsos do século

O século 21 nasceu sob o signo da promessa. Entretanto, as duas primeiras décadas deste insano século trataram de colocar abaixo as ilusões, e esfregar-nos na cara que continuamos a nos lançar no abismo da intolerância, do ódio, da desigualdade social, talvez esperando a invasão dos bárbaros. “A Era das Catástrofes” (1994), de Eric Hobsbawm (1917-2012), sintetiza o colapso do século 21, plantado e adubado à farta ao longo do século que o antecedeu, e traz consigo análises que os demais seis volumes desta seleção ecoam.