Livros

Os 5 livros que feriram Kafka — e por isso ele os amou até o último dia de vida

Os 5 livros que feriram Kafka — e por isso ele os amou até o último dia de vida

Franz Kafka tinha uma relação com os livros que não cabia na ideia de prazer. Para ele, ler era se confrontar, se ferir, se manter acordado diante de tudo que é insuportável. Não se tratava de consolo, mas de ruído — e de algum modo, ele buscava esse incômodo como quem precisa dele para existir. Entre todos os títulos que leu obsessivamente, alguns o seguiram como se fossem parte do corpo. Cinco livros que não apenas o influenciaram, mas o marcaram de forma irreversível — porque doeram.

Os 4 livros que Drummond dizia que cortavam a alma com delicadeza

Os 4 livros que Drummond dizia que cortavam a alma com delicadeza

Há livros que não mudam o mundo, mas deslocam algo dentro de quem os lê. Carlos Drummond de Andrade, avesso a rankings e simplificações, uma vez apontou quatro obras que, segundo ele, cortavam a alma com delicadeza. Não por ferirem, mas por deixarem a carne exposta de um jeito silencioso. Entre autores franceses, americanos e portugueses, sua escolha não revela só gosto literário, mas uma afinação de sensibilidade que ainda provoca eco. Ler esses títulos hoje é escutar um certo tom de mundo que talvez tenhamos esquecido.

Doutor Fausto e o pacto que redefiniu a literatura moderna Thomas Mann Archive / ETH Bibliothek Zurich

Doutor Fausto e o pacto que redefiniu a literatura moderna

Thomas Mann não escreveu “Doutor Fausto” como quem constrói um romance — escreveu como quem faz uma autópsia ética de um século. Este ensaio mergulha na anatomia alegórica da obra, onde a arte deixa de redimir e começa a condenar. De Leverkühn à dodecafonia, da ruptura estética à falência do Iluminismo, o texto propõe uma leitura crítica e histórica que articula literatura, barbárie e razão instrumental. A alegoria, aqui, é operação trágica. Não explica: acusa. E ao fazê-lo, inscreve-se no que há de mais radical e inquietante na grande literatura do século 20.

O maior prêmio de conto do Brasil está com inscrições abertas

O maior prêmio de conto do Brasil está com inscrições abertas

O Bula Prêmio de Conto estreia com uma convocação aberta a escritores em língua portuguesa dispostos a desafiar o previsível. Com premiação de R$ 35 mil e publicação digital global, o concurso busca textos que apresentem rigor estético, impacto narrativo e domínio técnico. A proposta é clara: encontrar contos que não apenas contem algo — mas que modifiquem a leitura. A temática é livre, mas a exigência é alta. O foco está na linguagem, na estrutura e na presença autoral. O desconcerto é bem-vindo. A repetição, não.

6 livros que Nietzsche odiava (e por quê)

6 livros que Nietzsche odiava (e por quê)

Nietzsche não atacava livros — atacava o tipo de espírito que eles moldavam. De Rousseau a Darwin, de Kant a Victor Hugo, seu incômodo era sempre o mesmo: autores geniais que, segundo ele, faziam a vida parecer culpa, adaptação ou bondade domesticada. Esta seleção de sinopses não é apenas um mergulho em grandes obras — é um espelho das ideias que Nietzsche desejava ver ruir. Porque, para ele, alguns livros curam. Outros apenas anestesiam.