Bula conteúdo

O retorno de Autran Dourado

O retorno de Autran Dourado

A editora Harper Collins começou a reeditar uma das obras mais sofisticadas e profundas da literatura brasileira moderna. Os leitores de hoje têm assim a oportunidade de conhecer e reconhecer o escritor Autran Dourado (1926-2012), que andou um tanto relegado ao segundo plano no campo cultural, diante da avalanche de lançamentos em tempos de redes sociais. Já foram lançadas as novas edições de “A Barca dos Homens” (1961), “Ópera dos Mortos” (1967) e “Os Sinos da Agonia” (1974).

O pior filme de todos os tempos: há um quarto de século, o cinema brasileiro assombrava o mundo

O pior filme de todos os tempos: há um quarto de século, o cinema brasileiro assombrava o mundo

O filme, estrelado por Carla Perez, retrata a vida de uma garota extremamente pobre do interior, cujo maior prazer é dançar. Enquanto outras crianças de sua região tapam buracos nas estradas em troca de moedas de caminhoneiros, a pequena Carlinha se diverte dançando ao som de absolutamente nada. Certa vez, seu pai recebe uma oferta de emprego justamente quando sua mãe falece sem nenhuma explicação aparente.

Minha participação na pré-abertura da temporada OSESP 2024 Foto / OSESP

Minha participação na pré-abertura da temporada OSESP 2024

Sempre apreciei música clássica como o leigo que sou; neste âmbito, contudo, a consumo há muito tempo e faço-o com um prazer infindável, sempre buscando aprender aquilo que não pude enquanto criança. Elegi como meu compositor favorito o magistral Johann Sebastian Bach e, desde minha adolescência, ouço frequentemente o oratório Paixão Segundo Mateus, que representa o sofrimento e a morte de Cristo segundo o Evangelho de Mateus, com libreto de Picander. Com uma duração de mais de duas horas e meia, é a obra mais extensa do compositor. É também a que mais me emociona.

Os Melhores Contos de Fadas Asiáticos, org. Marina Ávila

Os Melhores Contos de Fadas Asiáticos, org. Marina Ávila

O livro é um primor de organização e cuidado, feito com todos os elementos gráficos necessários para cativar o leitor, ilustrar a história e fazer caber o imaginário nas indagações sobre como são as coisas incríveis que jamais poderemos ver com nossos próprios olhos. Como dragões, fantasmas, gigantes, deuses, raposas de nove caudas e outros seres pré-borgianos inimagináveis.

Vem ni mim, esbórnia Foto / Joa Souza

Vem ni mim, esbórnia

O carnaval não gosta de mim. E já faz muito tempo. Desde a minha meninice. Meu pai me levava, juntamente com os meus irmãos, para as matinês carnavalescas do clube dos funcionários do Banco do Brasil, que ele adorava. Ele adorava o clube, o banco; não as matinês. O desgosto pela folia, portanto, devia ser coisa de família. Meu velho sentia uma gratidão eterna por aquela instituição financeira. Algo de idolatria mesmo, de cunho quase transcendental, eu diria. Papai foi de uma época em que se remuneravam muito bem os funcionários do banco.