Autor: Fernando Pacéli Siqueira

Réquiem para um enorme grande homem

Réquiem para um enorme grande homem

Em 1977, ao ingressar na Faculdade de Medicina, encontrei um colega cuja estatura e inteligência me impressionaram profundamente. Sizenando da Silva Campos Júnior, com seus 1,90m, destacou-se não apenas por sua altura, mas também por sua sagacidade e serenidade inabaláveis. Nossa amizade, marcada por respeito mútuo, revelou um homem de caráter reto e equilibrado, cuja trajetória de vida deixou lições valiosas. Mesmo diante das adversidades, incluindo uma neoplasia maligna cerebral, Sizenando manteve sua integridade e resiliência, exemplificando a força do espírito humano. Este texto é um tributo a um grande homem cuja vida inspirou muitos ao seu redor.

Zé Carioca, o paulista que se tornou carioca

Zé Carioca, o paulista que se tornou carioca

Acontece que a criatividade de Disney assombrava a todos e, aqui, ele criou o personagem Zé Carioca, que foi apresentado ao mundo e se tornou o principal personagem brasileiro da Disney, que recebe, durante o transcorrer da película “Alô Amigos”, o personagem Pato Donald para um passeio pelo país e pela América Latina. Em 1944 e 1948, Zé Carioca apareceria em mais dois longas-metragens, respectivamente, “Você já foi à Bahia?” e “Tempo de Melodia”, entretanto a consolidação do personagem se deu pelas histórias em quadrinhos.

Ary Barroso: o homem que colocou o Brasil no mapa mundial

Ary Barroso: o homem que colocou o Brasil no mapa mundial

Em 1939, Ary Evangelista Barroso lançou, durante o espetáculo “Joujoux et balangandans”, o samba “Aquarela do Brasil”, um samba diferente dos até então propagados, vindos dos morros, pois se caracterizava pelo uso preponderante de instrumentos de cordas e sopros. Este samba de exaltação, ufanista à natureza, ao povo e às nossas raízes culturais, só ganhou notoriedade nacional após a gravação de Francisco Alves, com uma orquestração elaborada e inovadora de Radamés Gnatalli.

Minha participação na pré-abertura da temporada OSESP 2024 Foto / OSESP

Minha participação na pré-abertura da temporada OSESP 2024

Sempre apreciei música clássica como o leigo que sou; neste âmbito, contudo, a consumo há muito tempo e faço-o com um prazer infindável, sempre buscando aprender aquilo que não pude enquanto criança. Elegi como meu compositor favorito o magistral Johann Sebastian Bach e, desde minha adolescência, ouço frequentemente o oratório Paixão Segundo Mateus, que representa o sofrimento e a morte de Cristo segundo o Evangelho de Mateus, com libreto de Picander. Com uma duração de mais de duas horas e meia, é a obra mais extensa do compositor. É também a que mais me emociona.