Isaac Bashevis Singer: o pesadelo do escritor que tentou viver de seu ofício enquanto o mundo desmoronava Bernard Gotfryd / Biblioteca do Congresso

Isaac Bashevis Singer: o pesadelo do escritor que tentou viver de seu ofício enquanto o mundo desmoronava

Todo romance é sobre literatura. Todos os que contam, pelo menos, como nos lembra “Shosha”, de Isaac Bashevis Singer, lançado originalmente em 1978, o mesmo ano em que o autor ganhou o Prêmio Nobel. A linhagem é conhecida. “O Quixote” que se debruça sobre si mesmo na segunda parte do texto de Cervantes é o exemplo canônico da ficção com autoconsciência. O jogo não tem fim e chegou ao auge com as experiências do século 20, de James Joyce a Guimarães Rosa.

6 filmes filosóficos na Netflix que são diamantes para os olhos e o cérebro Glen Wilson / Netflix

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Quando perguntadas sobre que ideia fazem da vida, grande parte das pessoas irá responder algo como o surrado clichê que diz que a vida ensina — e a voz rouca das ruas quase nunca se engana. Fomos programados para reagir aos mais insólitos cenários de adversidade, a fim de que permaneçamos com algum cacife no jogo da vida, que cobra de nós a resolução desses problemas, no menor tempo possível, porque não demora e outras questões tão ou mais vultosas irão se impor.

Quase me casei com Olivia Newton-John nos tempos da brilhantina

Quase me casei com Olivia Newton-John nos tempos da brilhantina

No dia em que eu nasci, a música mais tocada no mundo era “Help”, de Lennon & McCartney, na versão original da melhor banda de rock de todos os tempos: The Beatles. A segunda melhor banda era Led Zeppelin; a terceira, Pink Floyd. O texto é meu, o rol é meu, a vida é minha e gosto não se discute, principalmente num contexto em que manda quem escreve e obedece quem é leitor de juízo.

Orwell versus Mãe Dinah

Orwell versus Mãe Dinah

Vivemos tempos de muita demagogia, falsos engajamentos e marketing tresloucado. De modo que o que se vende e o que se consome em todas as frentes — salvo as exceções de praxe — são oportunidades de negócios, tudo em nome da arte e da igualdade, como se uma coisa tivesse ligação com a outra. Portanto, além da questão das misérias que somente fizeram se agravar nas últimas décadas, também a alma humana definhou, perdemos em liberdade e individualidade: essas duas forças que juntas poderiam ser chamadas George Orwell — o homem que investiu bravamente contra os totalitarismos de sua época.