7 romances curtos que dizem mais do que 500 páginas

7 romances curtos que dizem mais do que 500 páginas

Em tempos de listas infinitas e livros que parecem disputar quem tem mais páginas, há quem prefira a precisão de um golpe curto. Os romances breves, por vezes, carregam em poucas páginas o tipo de impacto que muitos calhamaços passam longe de alcançar. É como aquele olhar silencioso que diz mais do que um discurso de formatura. A literatura, afinal, não é medida em centímetros de lombada. É medida em nervo, em beleza, em coragem de cortar o excesso e deixar só o essencial.

5 obras da literatura brasileira para quem não aguenta mais os mesmos nomes

5 obras da literatura brasileira para quem não aguenta mais os mesmos nomes

Se você já não aguenta mais ouvir falar dos mesmos autores de sempre — Machado, Clarice, Jorge, Drummond — e sente que a literatura brasileira é um disco arranhado, respire fundo. A boa notícia é que o Brasil é um celeiro de vozes literárias tão vasto quanto o cerrado goiano. Há obras que escapam dos holofotes, mas que carregam uma potência narrativa capaz de renovar sua fé na literatura nacional.

Se existe um livro obrigatório para se ler em 2025, é a obra-prima de Tarjei Vesaas

Se existe um livro obrigatório para se ler em 2025, é a obra-prima de Tarjei Vesaas

Uma vila cercada por florestas nuas e lagos que já esqueceram como era ser líquido. Ali, o inverno não é apenas estação — é presença. É cenário, voz e tempo suspenso. Nesse mundo quase imobilizado pelo frio, duas meninas de onze anos se encontram. Uma, Siss, é popular, segura, feita de riso fácil e passos certos. A outra, Unn, recém-chegada, órfã de mãe, é feita de silêncios. Um tipo de silêncio denso, não o da timidez, mas o de quem guarda algo — ou tenta se proteger dele.

Mapa do feminino: o livro escrito há 70 anos que ainda hoje decodifica o que é ser mulher

Mapa do feminino: o livro escrito há 70 anos que ainda hoje decodifica o que é ser mulher

Uma mulher compra um caderno às escondidas — não para receitas ou lembretes, mas para registrar tudo o que jamais pôde dizer. À noite, entre tarefas silenciosas e olhares que a ignoram, ela escreve com urgência, como quem reaprende a respirar. Cada palavra é um risco, uma ruptura, um retorno. Não deseja libertar-se do mundo, mas simplesmente existir nele sem desaparecer. Aos poucos, percebe o quanto se apagou para caber. E talvez escrever seja sua única forma de voltar a si.