De tirar o fôlego desde a primeira cena, filme aclamado pelo público chega ao catálogo da Netflix Columbia Pictures

De tirar o fôlego desde a primeira cena, filme aclamado pelo público chega ao catálogo da Netflix

O diretor Rob Marshall resgata algumas passagens incômodas do que era ser uma mulher socialmente vulnerável no Japão dos anos 1920, frisando que aquela era uma conjuntura tida por aceitável para quase todos os cidadãos, inclusive para as moças incumbidas de entreter senhores entediados com o trabalho e a vida doméstica. Houve progressos nesse particular, sem dúvida, mas nem tudo mudou.

Irreverente e fora de controle, blockbuster de ação da Netflix vai te deixar sem fôlego e com os olhos vidrados na TV Christian Black / Netflix

Irreverente e fora de controle, blockbuster de ação da Netflix vai te deixar sem fôlego e com os olhos vidrados na TV

Sem querer afrontar a crença de ninguém, mas é, sim, possível usar o dinheiro para o bem: é exatamente isso o que pretende o bilionário sobre quem a trama de “Esquadrão 6” se desenrola ao empenhar parte de sua fortuna na tentativa de destronar o tirano que comanda um país fictício da Ásia Central. A alegoria despretensiosa de Michael Bay — inserida em meio a sequências repletas de movimento, tiros e perseguições automobilísticas — se mantém pulsante até o desfecho, contrapondo crítica e público.

A fauna dos ridículos

A fauna dos ridículos

Antes das pirâmides e depois delas, a História tem sido tracionada muito mais pelos delírios humanos do que mesmo pela nossa propalada razão. Temos a superstição de que somos predestinados a conquistar a Terra, comer a fruta e chupar a caroço, aprontar um regaço e fazer um oco, e ainda saltar fora como a borboleta cintilante com seus vidrilhos e lantejoulas, abandonando a pupa gosmenta e repugnante.

O filme, na Netflix, que todo mundo deveria assistir Bhansali Productions

O filme, na Netflix, que todo mundo deveria assistir

A vida dá voltas, como diz a voz rouca das ruas, e estamos todos sujeitos a passar por momentos difíceis, muitas vezes sem que tenhamos nenhuma culpa do mal que repentinamente nos assola. Tanto pior se esse mal vem só porque temos a audácia de perseguir nossos sonhos e sofremos uma traição quase mortal, como a anti-heroína de “A Voz do Empoderamento”, em que o indiano Sanjay Leela Bhansali sugere discussões urgentes acerca de um tema sempre ignorado por todos.