33 anos sem o maluco beleza
Tal como a fênix baiana que era, agora aos trancos e barrancos, lutando por uma vida que ainda era sua, mas que lhe escorria por entre os dedos, alquebrado que estava devido à perda de 70% do pâncreas para a bebida — condição que se agravava por causa do novo vicio, em éter —, nos últimos anos Raul passou a se apresentar com o conterrâneo Marcelo Nova que, como ele no princípio de sua trajetória musical, só era conhecido na Bahia, no underground do underground, graças a uma banda maldita, cujo nome nem podia ser pronunciado na conjuntura de bruxas que teimavam em não virar cinzas depois do inferno do regime.