Arthur Schopenhauer, um ícone da filosofia contemporânea, é conhecido por sua visão única da existência humana, distinta do niilismo de Friedrich Nietzsche e da abordagem poética de Martin Heidegger. Alemão de nascimento, Schopenhauer transitou do mundo dos negócios para a filosofia, influenciado por uma herança paterna. Seu impacto é evidenciado em uma variedade de filmes que refletem suas ideias filosóficas.

A mãe a que o título do filme da neozelandesa Niki Caro refere-se não abdica de uma carreira duvidosa — e ainda que não o fizesse, não adiantaria muito —, mas aceita com alguma resignação o destino de virar uma exilada em sua própria vida, pária a reboque do que deliberam em seu nome, e, pior, trânsfuga de confrontos em que é implicada sem querer. Ousada, Caro brinca com diferentes ideias, vistas à larga em produções congêneres, e atinge um resultado harmonioso ao fazer com que seus personagens troquem de lugar reiteradas vezes ao longo da história.