O estranho caso do brasileiro que chega na hora
Pontualidade, no Brasil, é quase um ato de rebeldia. Eu, por algum motivo obscuro, ainda insisto em chegar na hora. Não é por virtude — é costume, talvez teimosia. E, por causa disso, me vejo sempre na posição ingrata de quem espera. Espera pessoas, espera reuniões, espera o país entender o conceito de relógio. Enquanto isso, finjo que não estou irritado — mas estou.