O estranho caso do brasileiro que chega na hora

O estranho caso do brasileiro que chega na hora

Pontualidade, no Brasil, é quase um ato de rebeldia. Eu, por algum motivo obscuro, ainda insisto em chegar na hora. Não é por virtude — é costume, talvez teimosia. E, por causa disso, me vejo sempre na posição ingrata de quem espera. Espera pessoas, espera reuniões, espera o país entender o conceito de relógio. Enquanto isso, finjo que não estou irritado — mas estou.

Deliciosamente leve e adorável: comédia europeia na Netflix é melhor que terapia Aliocha Merker / DCM Pictures

Deliciosamente leve e adorável: comédia europeia na Netflix é melhor que terapia

Entre a obediência e o desejo, um jovem judeu ortodoxo tenta encontrar brechas de liberdade em meio à pressão familiar e aos rituais que moldam sua vida. Com humor ácido e crítica velada, o filme desmonta convenções sem recorrer ao escândalo, revelando o cansaço de quem tenta existir fora das expectativas, sem cortar todos os laços que ainda o prendem ao lar — mesmo quando esses laços se tornam correntes.

Não somos otários

Não somos otários

Não há muito o que dizer ou escrever sobre esse execrável simulacro de altruísmo, o qual, de acordo com as autoridades policiais, constitui-se como crime de estelionato qualificado, ao explorar de forma degradante a imagem de uma criança portadora de uma moléstia incurável. Definitivamente, por mais que tergiversemos em contrário, resta comprovado que o ser humano não tem conserto.

Se existe um filme argentino que você precisa assistir antes de morrer, ele está no Prime Video e já ganhou 32 prêmios Divulgação / Memento Films

Se existe um filme argentino que você precisa assistir antes de morrer, ele está no Prime Video e já ganhou 32 prêmios

Ao aceitar um convite para retornar à cidade onde nasceu, um renomado escritor laureado com o Nobel se depara com um cenário hostil, povoado por ressentimentos, rivalidades silenciosas e tensões latentes. A visita, que deveria simbolizar consagração, se transforma em um embate corrosivo entre ficção e realidade, vaidade e repúdio, memória e revanche — onde cada gesto é um gatilho e cada elogio esconde uma acusação mal resolvida.