4 livros tão envolventes que você vai esquecer de checar o celular

4 livros tão envolventes que você vai esquecer de checar o celular

É claro que a culpa é do celular. Sempre é. Ele vibra, acende, suplica por um toque — e você atende. Às vezes sem saber por quê. Outras, fingindo que é importante. Mas há momentos raros, quase delicados demais para admitir, em que a realidade impressa de um livro consegue vencer. Quando a história é boa o bastante, viva o suficiente, e escrita com a fúria ou a delicadeza que só certas pessoas têm, você esquece do aparelho ao lado. Esquece até da hora. Esquece, enfim, de si.

O filme que vai dividir famílias: e se o governo decidisse quem pode ter filhos? Magnus Jønck / Magnolia Pictures

O filme que vai dividir famílias: e se o governo decidisse quem pode ter filhos?

No mundo ideal, famílias só começariam depois de observados alguns passos elementares. A estranheza de “A Avaliação” não é tão diferente de muitos filmes sobre o futuro de nossa espécie, salvo por incluir na equação a inexorabilidade dos avanços da ciência, uma bênção e um flagelo a depender de quem os conduza. Fleur Fortuné acerta em cheio ao mirar os eternos desejos e insatisfações humanos, busca que nem sempre termina bem. O ótimo texto dos roteiristas John Donnelly, Nell Garfath Cox e Dave Thomas acha eco numa das grandes agonias da contemporaneidade, majorada por nosso ímpeto profano de emular a onipotência divina.

5 livros que parecem inocentes — mas vão explodir sua cabeça no final

5 livros que parecem inocentes — mas vão explodir sua cabeça no final

Eles chegam como quem não quer nada. Com vozes calmas, quase dóceis. Algumas páginas parecem até banais, como se a autora tivesse escrito num domingo sem compromisso, entre o café e o segundo copo de vinho. Outras soam como ensaios escolares muito bem redigidos. Mas há algo no subsolo. Uma tensão que se recusa a se exibir, pelo menos por enquanto. Os melhores livros que explodem no fim não gritam. Eles murmuram. Sussurram. Às vezes, pedem desculpas antes de ferir.

Do mesmo diretor de “Extraordinário”, filme absolutamente encantador com Susan Sarandon acaba de chegar à Netflix Divulgação / Netfflix

Do mesmo diretor de “Extraordinário”, filme absolutamente encantador com Susan Sarandon acaba de chegar à Netflix

Existe uma forma de imortalizar alguém sem monumentos, sem palavras, sem lamentos? “Nonnas” propõe uma resposta silenciosa e inesperada: pela cozinha. Longe do glamour das superproduções e do cinismo das narrativas convencionais sobre perda, o filme conduz o espectador por um território menos explorado — aquele onde a dor é acolhida pela repetição dos gestos cotidianos, pelo calor de um fogão aceso e pela memória que se infiltra na massa feita à mão.

7 livros que viraram filmes — mas que são muito melhores que eles

7 livros que viraram filmes — mas que são muito melhores que eles

Há um tipo particular de decepção que só o leitor sente: aquela que começa com expectativa — e termina em sala escura. Quando um livro que amamos é adaptado para o cinema, entramos com um pacto silencioso: algo será perdido, sabemos. Mas ainda assim esperamos que algo essencial sobreviva. Às vezes, sobrevive. Em outras, não apenas se perde — mas se dilui, se esvazia, se torna irreconhecível.