7 livros com mulheres brilhantes, furiosas e impossíveis de esquecer

7 livros com mulheres brilhantes, furiosas e impossíveis de esquecer

Imagine mulheres tão inteligentes que uma conversa com elas parece um duelo, e você está armado com uma colher de plástico. Elas não apenas leem livros, escrevem livros e analisam livros, mas também desconstroem o mundo no processo. São personagens (ou autoras) que pegam a realidade, descascam até o osso e depois te oferecem o prato dizendo: “Vai, experimenta, eu juro que está temperado com lucidez.” E quando você dá a primeira mordida, percebe que está preso: são intensas, irônicas, selvagens na dor e brilhantes no pensamento. Não há como sair ileso. Só resta mesmo desejar ter conhecido elas antes de desenvolver autoestima.

São mulheres que furam a página, rasgam o silêncio, explodem convenções. Nem sempre são simpáticas, nem sempre têm razão, mas a inteligência delas reluz como lâmina. Estão sempre à beira do abismo, e às vezes empurram a gente junto, só pra ver o que acontece. Algumas escrevem em forma de diário, outras esculpem seus traumas com bisturi linguístico. Elas investigam a própria dor com uma lucidez que faria Freud suar frio. Ao terminar o livro, você não vai lembrar só da história, vai lembrar de como se sentiu lendo. E spoiler: não foi confortável.

Portanto, este não é um ranking de “mocinhas inspiradoras” que superam obstáculos com um sorriso. Aqui temos desgraça bem escrita, sofrimento bem articulado, raiva justificada e inteligência fora da curva. São mulheres que não pedem licença e nem explicam suas complexidades, elas escancaram, apontam, desafiam. E a única coisa que você pode fazer é continuar lendo. Porque quando o texto é tão cortante quanto a personagem, e o pensamento tão feroz quanto a dor, o esquecimento vira um luxo impossível. Aqui estão sete livros onde elas brilham, urram e marcam a pele da literatura como ferro em brasa.

Fer Kalaoun

Fer Kalaoun é editora na Revista Bula e repórter especializada em jornalismo cultural, audiovisual e político desde 2014. Estudante de História no Instituto Federal de Goiás (IFG), traz uma perspectiva crítica e contextualizada aos seus textos. Já passou por grandes veículos de comunicação de Goiás, incluindo Rádio CBN, Jornal O Popular, Jornal Opção e Rádio Sagres, onde apresentou o quadro Cinemateca Sagres.