No ritmo de “Bem-Vindos à Vizinhança”, “À Espreita do Mal” é um filme com Helen Hunt e Jon Tenney que vai surpreendê-lo com várias reviravoltas. A produção até começa com um andamento sutil e que parece demorar para chegar em algum lugar, mas conforme os minutos passam e a história se desenrola, o enredo se torna um suspense envolvente e que vai prendê-lo com toda sua tensão e emoção.
A morte cai bem aos personagens de “Ruído Branco”, a nova comédia de absurdos de Noah Baumbach, um arguto observador da natureza humana no teatro do possível e, com mais ênfase, do impossível, da vida, sem que um e outro desses recortes colidam entre si ou interfiram no curso da eterna paranoia que define o gênero humano. Baumbach reedita alguns dos elementos de que lançou mão no incensado “História de um Casamento”, a começar por seu ator principal.
Com cenas enérgicas de lutas e ritmo hardcore, “Hell Dogs”, de Masato Harada coloca em cena o anti-herói Tak, um policial infiltrado na Yakuza, que busca por vingança. Seu senso deturpado de justiça o transformará em um assassino frio e sanguinário, que conta com a parceria do ingênuo e carismático psicopata, Muro.
Um filme de apenas 56 minutos, que cabe no seu dia, “Feliz Ano Nosso” é uma produção francesa dirigida por Frank Bellocq, que mostra como conexões improváveis podem surgir de acontecimentos inesperados. Gael e Hannah são dois desconhecidos que ficam presos na cabine do elevador quando estão a caminho de festas de Ano Novo. Ao acionarem o alarme, o atendente diz que o resgate só será possível no dia seguinte. Com tempo de sobra e nada para fazer, os dois começam a compartilhar histórias de suas vidas e emoções escondidas.
A história é feita de personagens que, por absurdo que soe, passam ao largo da atenção — e mesmo do interesse — das gerações que as sucedem, por uma pletora de tristes razões. O brasileiro Fernando Coimbra situa no Oriente Médio sua argúcia em capturar um lado horrendo do ser humano e “Castelo de Areia” entra para o rol daqueles filmes de guerra que desdenham da emoção óbvia do argumento central e esmeram-se por propor abordagens mais subjetivas da guerra e seus desditosos partícipes.
