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O encontro de duas realidades, antagônicas, mas que se unem e formam um só todo, fortalece duas jovens que acendem para a vida, cada uma a seu modo. Enquanto uma se bronzeia seminua, estirada diante do mar da costa oeste França, a outra assiste àquilo entre atônita e fascinada, sem conseguir não pensar sobre seu próprio futuro, mas também sem ter ideia muito nítida quanto ao que fazer de todo o tempo que ainda lhe resta. “A Prima Sofia” (2019), de Rebecca Zlotowski, fala a essa imagem do sensual e do estritamente filosófico; é físico, mas também cerebral — e um e outro desses predicados toma forma sob a figura de uma jovem e bela mulher.

Na era digital onde a informação está constantemente à nossa disposição, a Netflix atua como uma plataforma cinematográfica que permite aos seus usuários uma distração de algumas horas. Para os que buscam uma fuga temporária, a Revista Bula compilou uma lista de sete filmes recentes e de fácil digestão disponíveis no serviço de streaming. Essas narrativas irão transportá-lo para diversos contextos, induzindo risos e possivelmente provocando algumas reflexões, mas primordialmente proporcionando um intervalo no dia-a-dia.

Em um mundo cada vez mais interconectado, a indústria cinematográfica tem encontrado novas maneiras de entreter e deslumbrar o público. Graças à tecnologia de streaming, a Netflix, com sua vasta biblioteca de títulos, tornou-se uma das plataformas mais influentes do entretenimento. Seja você um fã de ação repleta de adrenalina, um amante de dramas emocionantes, ou um apreciador de comédias inteligentes, a Netflix tem sempre algo a oferecer.

Com “Alguém Especial”, a diretora-roteirista Jennifer Kaytin Robinson consegue a proeza de listar boa parte dos surrados chavões vistos em filmes como o seu e esgotá-los com a mesma habilidade, conferindo à narrativa precisamente a ideia de ciclos, ora findos, ora abandonados pelas mais diversas razões, remontando ao pensamento baumaniano — malgrado o filósofo nunca entre em cena. Mas não é necessário.

É uma verdade universal que a humanidade frequentemente se deixa perder nas complexidades dos desejos de salvação, mesmo quando tal redenção pode não ser merecida. No entanto, o que permanece parcialmente obscuro é a nossa capacidade de resistir às ameaças criadas por nós mesmos, especialmente quando essas ameaças ganham audácia, reivindicando o que consideram seu por direito, ignorando a aparente indiferença com o nosso destino.