Crônica

Não há amor e dor em Marte

Não há amor e dor em Marte

A escuridão noturna servia de palco para a quietude de um quarto, quebrada apenas pelo pulsar súbito de uma tela de telefone. Era o sinal de uma mensagem indesejada, dessas que carregam o peso do mundo em suas palavras e despertam a alma da mais profunda inércia. Nas linhas digitadas por Torquato, desdobrava-se o relato de uma tragédia inimaginável, a perda da jovem Clara, sua filha. Com corações suspensos pela dor e pela incredulidade, seguimos suas palavras.

Morando em um bunker

Morando em um bunker

Fiquei sabendo que os bilionários andam construindo bunkers. Vários deles tiveram a mesma ideia, construir um local a prova de qualquer parada que venha por aí para destruir tudo. Se o bicho pegar, eles correm para o Bunker deles, fecham a porta e o resto que se foda! É claro que os Bunkers dos caras não são um apartamento conjugado ou um quarto e sala, são espaços enormes, com muitos quartos, milhares de salas de convivência, adega, cinema, auditório e outras coisas que só bilionários pensam em ter.

A casa e a grande reforma

A casa e a grande reforma

Meu sonho de uma noite de verão foi e tem sido reformar minha casa. Essa ideia me persegue há muito tempo. Mas, como morava e trabalhava em outra cidade, em outro estado, não fazia sentido investir todo meu limite de empréstimo, minha disposição e minhas amizades nesse empreendimento. Depois da minha ida a Portugal, que já faz mais de 2 anos e meio do início, essa é minha fixação mais inconsciente. Talvez tenha percebido isso só agora, apesar de estar constantemente na minha lista de desejos.

Teste de felicidade no sangue: POSITIVO

Teste de felicidade no sangue: POSITIVO

Mesmo sendo um profissional da área, chegava uma fase da vida em que a gente comemorava resultado de exame médico como se fizesse um gol de placa. Tipo soco no ar, dancinha espalhafatosa ou a camisa jogada para a galera. Que fase. Recebi com indisfarçável alívio a minha bateria de exames anais, ou melhor, a minha bateria de exames anuais. A despeito do fura-bolo do urologista — aquele colega frio e insensível — estava tudo bem comigo.

O diretor de Duna não gosta de diálogos. E daí? Nós gostamos!

O diretor de Duna não gosta de diálogos. E daí? Nós gostamos!

Eu realmente gosto do Dennis Villeneuve. “A Chegada” é um belo filme. E ele conseguiu fazer uma ótima continuação de “Blade Runner”, algo que parecia impossível. Mas ele falou uma bela, uma gigantesca bobagem em uma entrevista para o jornal “The Times of London”: “Eu odeio diálogo. Diálogo é pra teatro e televisão”. Se você, leitor, quiser ver um resumo da entrevista, procure por Denis Villeneuve + Movies Have Been Corrupted by Television.