Livros

Quando Chico Buarque invadiu o quintal dos escritores

Quando Chico Buarque invadiu o quintal dos escritores

Um jornalista na Europa perguntou certa vez a Chico Buarque se era verdade que ele também compunha músicas, além do livro que divulgava na entrevista coletiva. A questão inusitada, meio absurda para quem conhece o cantor, surgiu durante o lançamento no exterior de um dos romances do autor. Mas fazia sentido e mostrava a distância entre o Brasil e os centros globais de cultura.

A Morte de Ivan Ílitch: uma reflexão acerca da insignificância do homem frente à proximidade da morte

A Morte de Ivan Ílitch: uma reflexão acerca da insignificância do homem frente à proximidade da morte

Com “A Morte de Ivan Ílitch”, Liev Tolstói talvez tenha escrito sua novela mais amarga, muito mais ainda do que “Guerra e Paz”, monumento de mais de l000 páginas sobre a baldada invasão napoleônica à Rússia em 1812. Em “Guerra e Paz”, Tolstói elabora um quadro milimetricamente detalhado de uma sucessão de confrontos campais, de natureza sangrenta, portanto, mas nunca se esquecendo de pontuar a narrativa bélica com a vida íntima de uma família.

Ficção brasileira investe nas distopias

Ficção brasileira investe nas distopias

A ficção produzida no Brasil já estava atenta, mesmo antes da pandemia, aos movimentos em direção ao futuro sombrio. Tomemos apenas os casos de escritores e escritoras atuais no país, o que dá uma amostra de uma percepção negativa do mundo e do quanto essa perspectiva pode render obras de qualidade.

Poemas 2006-2014, de Louise Glück

A Cosac Naify fazia um trabalho primoroso na edição de livros de escritores estrangeiros. Publicava posfácios, críticas e informava o que havia sido lançado do autor em português, dando mostras de que não se importava com a concorrência, e sim com o intercâmbio cultural. A Companhia das Letras acaba de publicar uma edição de três livros da poeta americana Louise Glück, num só volume, mas sem os mesmos cuidados.

Dostoiévski é a prova de que há salvação para o homem. Até o último instante

Dostoiévski é a prova de que há salvação para o homem. Até o último instante

Há salvação para o homem, perdido que está no mundo, entregue à devassidão, à desesperança, à falta de fé, ao pecado? Isso sem mencionar o egoísmo, que o conduz numa jornada de autodestruição e total desprezo pelo outro. Em “O Sonho de um Homem Ridículo”, publicado em 1877, o escritor russo Fiódor Dostoiévski, discorre sobre as muitas fragilidades da alma humana (e responde muitas outras perguntas).