Quantas vezes você já rodou pelos streamings e nunca encontrou nada para assistir e acabou desistindo? Isso é mais comum do que se pensa. A gente, às vezes, não consegue ver aquilo que está diante dos nossos próprios olhos. Para te dar aquela mãozinha e te ajudar a finalmente encontrar filmaços disponíveis no Amazon Prime Video, a Revista Bula faz uma seleção só com obras primorosas que você nunca notou que estavam lá.
Os tempos têm sido amargos, cheios de perdas e dificuldades. O mundo nunca foi um lugar fácil, mas os últimos anos parecem estar mais duros. Pandemia, austeridade política, perdas de personalidades queridas, a economia que tem afetado (ainda mais) negativamente a maioria. Se você precisa adicionar umas pitadas de doçura à vida para ter forças e continuar lutando, acompanhe essa lista de produções cinematográficas fofas e engraçadas na Netflix que vão te dar novo ânimo.
A história de “O Menino que Lia Cartas” (2019), de Sibusiso Khuzwayo, chega a despertar uma certa incredulidade, dado o cenário pouco auspicioso sob o qual se apresenta. Imaginar que um menino de doze anos tenha de servir de mediador entre o mundo das palavras, completamente vetado a todo um povoado no coração da África do Sul, e uma gente ávida por saber o que quer lhe dizer a vida, pela pena daqueles que amam e estão longe, é uma constatação estarrecedora, mas, lamentavelmente, real.
Rebecca Hall faz um debute emocionante como diretora em “Identidade” (2021), baseado na novela de mesmo nome da romancista americana Nella Larsen (1891-1964), publicada em 1929. A história de Irene e Clare, negras de pele clara que encaram esse fato de suas vidas de uma forma diametralmente oposta, toca pela singeleza, num filme feito para encantar, pela trama em si, pela fotografia em preto-e-branco, pela trilha sonora inspirada no melhor da música erudita.
Embora valha-se de um roteiro assertivo, “Rede de Ódio” (2020) mais esconde do que mostra. Talvez um sintoma dos tempos nebulosos em que vivemos, em que a novilíngua contemporânea, à luz do que o escritor britânico George Orwell (1903-1950) expõe em “1984”, publicado em 1949, determina que notícia é detração e imaturidade é experiência.
