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De Tchékhov a Tolstói: a seleção definitiva da literatura russa

De Tchékhov a Tolstói: a seleção definitiva da literatura russa

Imagine os maiores escritores da literatura russa escalados como um time de futebol, em formação 4-3-3, onde cada posição em campo reflete estilo, impacto e personalidade literária. De Tchékhov no gol a Tolstói na ponta-esquerda, passando por Dostoiévski como centroavante da alma humana, essa seleção revela o poder criador de uma tradição que marcou a história. Com Gógol como técnico, símbolo da ambiguidade entre fronteiras e gêneros, o time está pronto para jogar — não para vencer partidas, mas para transformar quem assiste.

A cultura do cancelamento explicada por Nietzsche

A cultura do cancelamento explicada por Nietzsche

Na calçada molhada de um tempo que se dobra sobre si mesmo, um grito se espalha sem voz. Nem rua, nem rosto, apenas um estalo seco, virtual, nas costuras da modernidade. Alguém cai. Alguém aplaude. A multidão se move como cardume, mas com dentes. Ali, entre os escombros digitais do dia anterior, Nietzsche caminha sem capa, sem século, sem filtro. Talvez o filósofo que falou com martelos soubesse algo sobre essa nova liturgia de execuções simbólicas. Talvez não. Mas seu eco ainda caminha conosco, como um delator invisível.

Por que leitores de ficção sentem mais empatia

Por que leitores de ficção sentem mais empatia

Estudos científicos comprovam: ler ficção literária ativa regiões do cérebro ligadas à empatia. Pesquisas de Raymond A. Mar, Keith Oatley, Kidd e Castano mostram que a leitura de obras densas estimula a teoria da mente e fortalece conexões emocionais. A literatura simula interações sociais, treinando o cérebro para sentir o outro. Para a filósofa Martha Nussbaum, ela é essencial à democracia. A empatia literária não é metáfora — é neurociência. Num mundo cada vez mais digital, a ficção ensina a arte de habitar o outro.

A nova literatura do burnout: 5 autoras que estão escrevendo o cansaço contemporâneo melhor que qualquer terapeuta

A nova literatura do burnout: 5 autoras que estão escrevendo o cansaço contemporâneo melhor que qualquer terapeuta

Cinco romances de alto rigor literário ajudam a nomear um esgotamento que escapa aos diagnósticos convencionais. Com voz própria, experiência sensível e autoridade narrativa, Moshfegh, Enriquez, Slimani, Clarke e Offill exploram o cansaço estrutural que atravessa a subjetividade contemporânea. Seus livros não aliviam — legitimam. E é justamente por isso que se tornaram leitura essencial para compreender uma exaustão que já não pode ser ignorada.

Personagens literários que têm a mesma ansiedade que você

Personagens literários que têm a mesma ansiedade que você

A literatura não precisa tematizar a ansiedade para colocá-la em cena. Ela pode fazer isso pelo ritmo, pela forma, pelo modo como os parágrafos respiram. Um personagem ansioso não é aquele que declara estar em crise — é aquele que vive em crise mesmo quando age com perfeição. A boa literatura não fala sobre a ansiedade. Ela a encarna. Está nos períodos que se estendem além do necessário. Nas frases que se interrompem.