Bula conteúdo

Os 5 livros que Simone de Beauvoir dizia que toda mulher deveria ler

Os 5 livros que Simone de Beauvoir dizia que toda mulher deveria ler

Não são livros sobre mulheres. São livros que, ao serem lidos por mulheres, mudam alguma coisa. Simone de Beauvoir não organizou listas ou manuais, mas deixou claro, em falas, memórias e crítica, quais obras formaram sua consciência. Livros que, lidos em momentos-chave, ajudaram a desenhar uma genealogia da resistência. Alguns vieram da infância, outros da fricção com ideias que a incomodavam. Todos revelam algo mais profundo: a leitura como exercício de consciência crítica, antes mesmo que o feminismo ganhasse esse nome.

O ensaio de Camus que previu o burnout do século 21

O ensaio de Camus que previu o burnout do século 21

Em 1942, Albert Camus escreveu “O Mito de Sísifo”, um ensaio filosófico sobre o absurdo da vida. O que ele talvez não soubesse era que, quase um século depois, seu texto dialogaria com uma epidemia emocional: o burnout. Esta reportagem ensaística revisita a obra sob a luz exausta do século 21, onde a repetição virou rotina e o vazio se oculta sob performance. Mais que um tratado existencial, Camus oferece um retrato brutal da lucidez que insiste — mesmo quando o corpo já não quer continuar.

Por que o Clube da Esquina ainda fascina e permanece essencial, 50 anos depois?

Por que o Clube da Esquina ainda fascina e permanece essencial, 50 anos depois?

Muito antes de virar disco, o Clube da Esquina era uma frequência subterrânea, um território de afeto entre meninos e notas. Em meio à ditadura, um Brasil possível floresceu a partir da amizade entre Milton Nascimento, Lô Borges e os Borges de Santa Tereza. Esta reportagem investiga como nasceu essa linguagem que misturava Beatles, modinha, jazz e silêncio, por que o disco de 1972 permanece insubstituível e como ele se tornou, cinco décadas depois, um dos álbuns mais cultuados do mundo. Uma história de confiança, dissonância e tempo: de quando Minas inventou um som que o mundo ainda tenta compreender.

A história do romance brasileiro que teria sido elogiado por William Faulkner

A história do romance brasileiro que teria sido elogiado por William Faulkner

Poucos romances atravessam fronteiras pelo silêncio. “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos, foi escolhido por William Faulkner como o livro brasileiro a ser traduzido no ambicioso “Ibero-American Novel Project”. Não houve carta, nem elogio público. Apenas um gesto. Uma escolha. E o reconhecimento de uma linguagem que, como a dele, falava da terra, da fome, do tempo imóvel. Publicado em 1938, o romance ultrapassou o rótulo regionalista e se tornou obra universal. Esta é a história do livro que disse o Brasil sem gritar — e da escuta que veio de longe, seca e profunda, como o sertão.

A escritora que escreveu um único livro e mudou a literatura moderna

A escritora que escreveu um único livro e mudou a literatura moderna

Harper Lee escreveu um único livro e depois desapareceu. Não por bloqueio, nem por medo, mas por escolha. Recusou entrevistas, negou o espetáculo, rejeitou a carreira. E, nesse silêncio, construiu uma das obras mais contundentes do século 20. “O Sol é para Todos” não pede explicações: apenas mostra, observa, permanece. Sua recusa em repetir o feito virou sua estética, sua política. Esta reportagem literária percorre os contornos da ausência, o gesto inacabado, a mulher que virou margem e, com isso, redesenhou os limites do que é ou não é ser autora.