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O melhores livros lidos em 2023 (José M. Umbelino Filho)

O melhores livros lidos em 2023 (José M. Umbelino Filho)

O ano foi daqueles. Não me deixará saudades, esse 2023 sem metafísicas, com sua cauda de pavão e seus dentes de besta do apocalipse. Vade retro, tropece na saída e caia com a bunda para cima, satanás. Ainda assim, como costuma ocorrer, as leituras foram magníficas; pois é de praxe que a literatura nos salve sempre que a vida enfeia — ou que recorramos ao mergulho no poço sem fundo de um bom livro toda vez que a realidade afina. Li umas coisas absurdamente boas nesse ano.

O melhores livros lidos em 2023 (Nelson Moraes)

O melhores livros lidos em 2023 (Nelson Moraes)

2023 não me foi um ano de leituras inesquecíveis, retumbantes, se falarmos daqueles livros em que você entra neles e sai outra pessoa. Na verdade o único livro capaz de fazer isso na vida de alguém é o livro de ocorrências em uma delegacia policial, mas felizmente não foi o meu caso. De todo modo fiz algumas descobertas bastante agradáveis, outras nem tanto – nada que eu possa dizer que tenha se configurado em uma experiência transformadora. Imagino que tenha sido o Millôr — me corrijam — que disse uma vez: “Se quiser literatura científica, fique com os livros mais atuais; se quiser ficção, prefira os mais antigos”.

O melhores livros lidos em 2023 (Marcelo Franco)

O melhores livros lidos em 2023 (Marcelo Franco)

Tudo o que li me foi de certo modo proveitoso; tenho dificuldades para estabelecer critérios acerca da diferença entre uma leitura muito boa e outra ótima; a champã de cada confraternização me chama diariamente; o fígado dá sinais de desistência; os aeroportos estão cheios; a conta bancária está vazia… Enfim: sofro com mais esta lista. De qualquer modo, vamos ver o que sairá, já que, sim, li bastante, assisti a séries, paguei tributos e me enfastiei, e isso mais ou menos resume a minha vida.

O melhores livros lidos em 2023 (Miguel Sanches Neto)

O melhores livros lidos em 2023 (Miguel Sanches Neto)

Às vésperas da velhice, sem nenhum serviço obrigatório de leitura, pois já não faço crítica militante nem leciono, o meu interesse como leitor está cada vez mais orientado por minhas inquietações como escritor, totalmente fora de qualquer debate externo à produção literária a que me dedico de forma um tanto autista. Assim, entre leituras e releituras, gastei as melhores horas deste já finado ano percorrendo páginas que também pudessem me ler, me fazer entender que eu eu sou neste momento.

O melhores livros lidos em 2023 (Hélverton Baiano)

O melhores livros lidos em 2023 (Hélverton Baiano)

Para mim, foi um ano profícuo em leituras, com uma certa desaceleração do final do ano, porque bateu uma preguicinha e vontade de curtir mais outras coisas mais ociosas. No entanto, consegui chegar aos 66 livros lidos, incluídos aí uns dez de poesia, para os quais dispendo menos tempo, e algumas releituras. Atravessei “Os Irmãos Karamázov”, de Fiódor Dostoievski, que é um clássico da literatura mundial, autor de quem já havia experimentado “Crime e Castigo” e “Noites Brancas”.