Tem gente que diz não gostar de romance, mas cá entre nós: quando é bom, impossível não se render de corpo e alma. Uma história de amor sofrida, desesperada, que mostra como os amantes lutaram para conseguir ficar juntos, quando bem-contada, não tem quem resista. Não à toa grandes escritores marcaram seus nomes nas artes mundiais graças às histórias de amor.
Com “Náufrago”, Robert Zemeckis faz questão de revisitar a imagem do tempo que passa, implacável, sob outra perspectiva. Chuck Noland, um engenheiro de sistemas que trabalha para a FedEx, parece ter a vida perfeita — até ir parar numa ilha deserta no meio do Oceano Pacífico. Esta é uma metáfora sobre autodescoberta e mudanças radicais ao cabo de um trauma violento, mas há muito menos espaço para respiros. “Náufrago” é um filme que derruba.
Ninguém está preparado para desaparecer do mundo. Em “Náufrago”, a erosão do tempo não se mede em dias, mas na transformação silenciosa de um homem condenado à ausência dos outros, de si, da própria ideia de futuro. Sob a direção de Robert Zemeckis, o filme é menos uma jornada de sobrevivência física e mais uma escavação emocional em terreno inóspito: o de alguém que, arrancado abruptamente do ciclo da vida, precisa aprender a existir num vácuo onde nada responde, nada acolhe, nada lembra.
“Caos e Destruição” é uma exibição eletrizante do estilo único de direção de Gareth Evans, mesclando com facilidade o caos com a violência meticulosamente coreografada. Embora o filme não apresente um arco narrativo robusto, seu compromisso com a ação visceral é inquestionável. A história é contada por meio de socos sangrentos e corpos despedaçados, onde o enredo frequentemente cede espaço à destruição que se desenrola na tela.
Oxalá minha idade vetusta se assemelhe à selvagem adolescência ou, ainda melhor, a uma infância tardia, quando poderei outra vez dedicar-me às traquinagens e aos prazeres da meninice sem ter de dar satisfação alguma a quem quer que seja. Assim vivem Carol, Diane, Sharon e Vivian, o quarteto de setentonas (e um pouco mais) de “Do Jeito que Elas Querem: O Próximo Capítulo”, uma comédia romântica para quem já usufruiu do que a vida tem de melhor e acha que tem direito a muito mais.
