Obra-prima de Walter Salles com a única brasileira premiada como Melhor Atriz no Globo de Ouro, Fernanda Torres, na Netflix Divulgação / Animatógrafo Cinema e Filmes

Obra-prima de Walter Salles com a única brasileira premiada como Melhor Atriz no Globo de Ouro, Fernanda Torres, na Netflix

No centro da narrativa está Paco (Fernando Alves Pinto), um jovem de São Paulo que vive com sua mãe, Manuela (Laura Cardoso). Sonhando em retornar à Espanha, sua terra natal, Manuela economiza por anos, mas seus planos são brutalmente frustrados pelo confisco das poupanças. O golpe financeiro tem consequências devastadoras: incapaz de lidar com a decepção, ela sucumbe, deixando Paco em um estado de profunda desorientação. 

Filme que deu primeiro Oscar a Adrien Brody, favorito em 2025 ao prêmio de Melhor Ator da Academia, na Netflix Divulgação / Focus Features

Filme que deu primeiro Oscar a Adrien Brody, favorito em 2025 ao prêmio de Melhor Ator da Academia, na Netflix

Em 2002, o diretor Roman Polanski adaptou essa narrativa para o cinema, criando uma obra que se inscreveu entre as mais importantes da história. Indicada a sete Oscars, a produção conquistou três: Melhor Ator, Melhor Diretor e Melhor Roteiro Adaptado. A interpretação de Adrien Brody como Szpilman foi monumental. Aos 29 anos, Brody mergulhou profundamente no papel, perdendo cerca de 15 quilos e isolando-se socialmente para absorver a essência emocional do personagem, tornando-se o mais jovem vencedor do Oscar de Melhor Ator.  

A história que todos precisam assistir em 2025: o filme que vai mudar sua forma de ver a amizade e a si mesmo, na Disney+ Jonathan Hession / Disney +

A história que todos precisam assistir em 2025: o filme que vai mudar sua forma de ver a amizade e a si mesmo, na Disney+

Um vilarejo remoto, marcado pelos ecos da Guerra Civil Irlandesa, é palco de um confronto entre amizade e ruptura em meio à busca por significado. A trama conduz os personagens por camadas de tragédia e violência latente, enquanto almas inquietas — reais e figurativas — atravessam suas vidas. A direção primorosa de McDonagh, aliada a interpretações memoráveis, revela um estudo profundo da condição humana.

Inteligente e intimista: drama na Netflix que nem parece filme, parece a vida, na Netflix Divulgação / Animal Pictures

Inteligente e intimista: drama na Netflix que nem parece filme, parece a vida, na Netflix

Jacobs constrói a narrativa com sutileza, capturando as nuances de uma convivência carregada de atritos e silêncios incômodos. Na abertura, Katie, interpretada com precisão por Carrie Coon, assume uma postura altiva diante de suas irmãs, Christina (Elizabeth Olsen) e Rachel (Natasha Lyonne). A tensão inicial é pontuada por diálogos que tangenciam o passado, enquanto, no cômodo ao lado, o pai agoniza, prestes a morrer. Essa iminência da morte não é apenas um pano de fundo; é a força gravitacional que arrasta cada personagem para um confronto consigo mesmo e com os outros.

Ardil 22, de Joseph Heller: uma leitura da máquina do absurdo

Ardil 22, de Joseph Heller: uma leitura da máquina do absurdo

Poucas obras conseguem capturar tão bem a tensão entre o cômico e o trágico ao abordar a irracionalidade dos sistemas humanos. Em meio a um cenário de guerra, um protagonista luta não por heroísmo, mas pela preservação de sua humanidade. A narrativa expõe as contradições das instituições que reduzem indivíduos a peças descartáveis, desafiando normas impostas por lógicas desumanas. Entre humor corrosivo e reflexões profundas, somos levados a questionar o valor da vida e a sanidade em meio ao caos. O impacto transcende o contexto histórico, dialogando com dilemas universais.