O filme mais sombrio de Guy Ritchie tem um final que está deixando todo mundo desconcertado Divulgação / Miramax

O filme mais sombrio de Guy Ritchie tem um final que está deixando todo mundo desconcertado

A inexpressividade marmórea de Jason Statham, um rosto (e um corpo) já bastante conhecidos do público em enredos como este, realçam na medida o caráter eminentemente viril de “Infiltrado”. O filme de Guy Ritchie fala a uma maldade em estado bruto, mas judiciosa, que eleva a violência essencial que existe em cada um de nós à condição de refinado mecanismo que permite-nos continuar no jogo. Ritchie vale-se da rudeza de seu protagonista para engatar uma história comum à primeira vista, mas que conta com uma virada bastante original.

Santíssima Trindade — os 3 melhores livros do século 21

Santíssima Trindade — os 3 melhores livros do século 21

Há algo de mágico no número três. Talvez seja a harmonia que ele representa, ou a maneira como nossas mentes parecem naturalmente inclinadas a agrupá-lo com significado. Pense nos três mosqueteiros, nas três graças, ou até mesmo nas três refeições do dia — café, almoço e jantar. Agora, imagine aplicar essa mística trindade ao mundo literário. O resultado? Uma seleção dos três livros mais impactantes do século 21, escolhidos não apenas por sua aclamação crítica, mas também por sua capacidade de tocar profundamente os leitores.

Philip Roth previu o cancelamento: o romance, escrito há 20 anos, que ainda explica os linchamentos digitais

Philip Roth previu o cancelamento: o romance, escrito há 20 anos, que ainda explica os linchamentos digitais

Talvez nenhum escritor tenha sido mais feliz em decifrar os tantos segredos de sua Terra como Philip Milton Roth (1933-2018). Bem a seu modo, desaboatadamente, Roth explica em “A Marca Humana” o gosto por ser a palmatória do mundo que acomete os Estados Unidos. Junto com “Pastoral Americana” (1997) e “Casei com um Comunista” (2000), “A Marca Humana” compõe a aclamada Trilogia Americana, na qual o romancista esgrime sobre a onipresente crise de identidade nacional, racismo e a praga do politicamente correto. Em mais de quatro centenas de páginas, a pena de Roth vai muito além do que se poderia supor, numa narrativa tão fluida quanto perturbadora.

“Burlesque” — Cher e Christina Aguilera entregam entretenimento completo em filme na Netflix Divulgação / Sony Pictures

“Burlesque” — Cher e Christina Aguilera entregam entretenimento completo em filme na Netflix

Há filmes que, por sua estética extravagante ou seu apelo popular, são relegados automaticamente à categoria do descartável. “Burlesque” é um desses casos emblemáticos. Sob sua camada reluzente de plumas, maquiagem pesada e canções poderosas, esconde-se uma afirmação desafiadora: a de que leveza não é sinônimo de futilidade.