Filme, eleito pela ciência o mais agonizante e perturbador da história, está na Netflix e você não assistiu
Ari Aster faz de “Hereditário” uma espécie de caldeirão em que despeja a pletora de velhas mágoas e tantos outros sentimentos malditos que atazanam uma família, os fervendo e refervendo sem pressa até que desse caldo emerja a substância com a qual elabora uma trama marcada pelo rancor. Para eles, as humanas misérias ressoam como sinos de uma estranha catedral perdida no deserto, reverberando aquele barulho aos confins do mundo na lembrança da danação eterna, inescapável para a maioria.