Na periferia de Rio Branco, no Acre, três jovens amigos têm suas vidas impactadas pela chegada de facções criminosas e pelo tráfico de drogas. Um filme de Sérgio Carvalho, baseado no livro homônimo escrito por ele próprio, o longa-metragem levou cinco Kikitos no Festival de Gramado e aborda a opressão sob diferentes prismas.
Em 2020, Liz Garbus julgou que talvez fosse a hora de encarar a missão de emprestar seu talento ao cinema ficcional e dessa reflexão nasceu o vigoroso “Lost Girls: Os Crimes de Long Island”, no qual traz a lume o que consegue absorver de um dos casos não resolvidos que mais aguçou a glutonaria da imprensa marrom e questionou a capacidade da polícia na História contemporânea dos Estados Unidos.
Uma ficção-científica permeada pelo drama, “Synchronic” é um longa-metragem estrelado por Anthony Mackie e Jamie Dornan, que interpretam paramédicos que percorrem as ruas de New Orleans em sua ambulância, socorrendo novas vítimas diariamente. Quando uma nova droga sintética, chamada Synchronic, provoca mortes bizarras entre seus usuários, eles decidem investigar.
A literatura de Alejo Carpentier nada tem a ver com sua adesão — por sobrevivência, quem sabe — à ditadura cubana. Não há uma gota de realismo socialista na sua prosa, ao menos nos seus livros mais relevantes. Tenho a impressão de que escapou da vigilância da sanha censória da dinastia Castro porque sua literatura era “para poucos”. O que importava ao ditador era o apoio político público, sem restrições. E isto o autor de “O Recurso do Método” não se recusou a dar.
Cory Brand, o anti-herói de “Recuperando a Esperança”, sabe perfeitamente quais são e em que recônditas gretas se escondem seus fantasmas, o que deve fazer para exorcizá-los, que medidas tomar a fim de não mais ver-se submisso a eles; todavia, é preciso que haja um princípio de colapso para que anime-se a encampar alguma vontade de mudança — que, para sua grande sorte, é acompanhada de transformações ainda mais profundas.
