Arquivos

O amor é real. O mistério também. E a melhor estreia da Netflix em abril vem dessa combinação rara Divulgação / Hulu

O amor é real. O mistério também. E a melhor estreia da Netflix em abril vem dessa combinação rara

No interior inglês dos anos 1920, uma jovem criada atravessa um domingo aparentemente comum que se revelará definitivo. Entre o luto de uma geração marcada pela guerra e os interditos sociais de uma aristocracia em declínio, ela transforma o desejo clandestino em ponto de partida para a escrita, desafiando, com sensibilidade e firmeza, os papéis a ela impostos desde o nascimento — e abrindo caminho para uma voz que não mais será silenciada.

Épico de Baz Luhrmann baseado em obra-prima de F. Scott Fitzgerald, na Max Divulgação / Warner Bros.

Épico de Baz Luhrmann baseado em obra-prima de F. Scott Fitzgerald, na Max

Leonardo DiCaprio, ao assumir o papel de Jay Gatsby, entrega uma performance que vai além da reconstituição histórica ou da fidelidade ao romance. Seu Gatsby é uma figura marcada por contradições — ao mesmo tempo grandioso e frágil, seguro e atormentado, encantador e patético. A tensão entre sua ostentação pública e sua vulnerabilidade privada é palpável, e DiCaprio a encena com nuances que raramente são alcançadas em personagens de adaptação literária.

Ganhador de 3 Oscars, filme com Brad Pitt e Cate Blanchett adaptado para os cinemas de um conto de Mark Twain, está na Max Divulgação / Paramount Pictures

Ganhador de 3 Oscars, filme com Brad Pitt e Cate Blanchett adaptado para os cinemas de um conto de Mark Twain, está na Max

Há uma ironia profunda no modo como Fincher estrutura essa história: a juventude, tradicionalmente celebrada como o auge da vitalidade, torna-se aqui o presságio da dissolução. O tempo não é pano de fundo, mas personagem principal — uma força muda e implacável, que separa antes mesmo de unir. A estética do filme — desde os efeitos digitais que acompanham a inversão física de Pitt até a fotografia granulada que alterna entre luz crepuscular e sombras úmidas do Sul norte-americano — amplifica a sensação de que tudo está em processo de deterioração, mesmo quando parece nascer.

A melhor comédia romântica de 2025 (até agora) não está no cinema — está sob demanda no Prime Video Divulgação / Universal Pictures

A melhor comédia romântica de 2025 (até agora) não está no cinema — está sob demanda no Prime Video

Ao retornar em meio a perdas irreversíveis e desejos em mutação, Bridget Jones escapa da armadilha da repetição e se afirma como uma mulher em constante reinvenção. Entre silêncios desconfortáveis, maternidade fora do script e amores improváveis, o filme traduz com humor melancólico e rara inteligência o desconcerto de quem amadurece sem manuais ou garantias — e ainda encontra espaço para rir no meio do caos.

Um clássico imortal do cinema, uma obra-prima definitiva: filme com Winona Ryder e Cher no Prime Video Divulgação / Metro-Goldwyn-Mayer Studios

Um clássico imortal do cinema, uma obra-prima definitiva: filme com Winona Ryder e Cher no Prime Video

Em “Minha Mãe é uma Sereia”, o instinto de sobrevivência assume a forma de uma mulher que ama como sabe: sem meias medidas, sem promessas, sem mapas. Interpretada por Cher em sua performance mais instintiva, Rachel é menos uma figura materna tradicional do que um vetor de movimento. Tudo nela vibra — o figurino chamativo, o humor afiado, o medo mal disfarçado de permanecer. E é nesse movimento constante que o filme encontra sua força: não na estabilidade, mas na tensão entre permanência e fuga.