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Por que mulheres inteligentes estão obcecadas por romances tóxicos em filmes como: Má Influência Divulgação / Netflix

Por que mulheres inteligentes estão obcecadas por romances tóxicos em filmes como: Má Influência

Há uma tragédia em “Má Influência”, mas bem que poderiam haver mais. O filme da espanhola Chloe Wallace segue a tendência das histórias que começam como comédias (quase) românticas e evoluem para thrillers que flutuam entre a tensão sexual e a prevalência de índoles diabólicas, eivando de maldição aqueles em que tocam. O roteiro de Wallace e Diana Muro está assentado no fluxo de consciência de uma vilã que só se revela na undécima hora, cereja de um bolo meio insulso que só faz voltar a receitas já testadas antes.

Fenômeno do TikTok, romance erótico chega à Netflix

Fenômeno do TikTok, romance erótico chega à Netflix

Há um tipo de cinema que não nasce de uma inquietação estética ou de uma pulsão narrativa, mas de um algoritmo. É nesse território desidratado de densidade dramática que “Má Influência”, de Chloe Wallace, tenta se afirmar – ou, talvez, apenas existir. A obra, longe de pretender qualquer profundidade, é o sintoma de um fenômeno que tem extrapolado as fronteiras das redes sociais para moldar os contornos do audiovisual contemporâneo: a ascensão de uma lógica visual e narrativa herdada do TikTok.

Não leve a vida tão a sério! Comédia na Netflix vai te ensinar a viver com humor e leveza

Não leve a vida tão a sério! Comédia na Netflix vai te ensinar a viver com humor e leveza

Não há terreno mais fértil para a comédia do que o fracasso humano, sobretudo quando este é encenado com desdém pelas ilusões românticas que a cultura insiste em vender como destino. “Antes Só do que Mal Casado”, dos irmãos Farrelly, transforma esse fracasso em arte escancarada, zombando da ideia de que o amor — ao menos como costuma ser narrado nas telas — é redentor.

O mestre do absurdo: Joaquin Phoenix vive o anti-herói que Camus escreveu antes mesmo de nascer Divulgação / The Weinstein Company

O mestre do absurdo: Joaquin Phoenix vive o anti-herói que Camus escreveu antes mesmo de nascer

Girando sobre o eixo da necessidade da fundação de um mundo melhor — sem que se saiba exatamente o que viria a ser isso, nem de que maneira atingi-lo —, “O Mestre” desdobra-se como se quisesse fazer uma denúncia, ao mesmo tempo que é profundo demais para caber em tal rótulo. Diretor meticuloso, Paul Thomas Anderson compõe um drama psicológico sobre um veterano perturbado, voltando sem rumo da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), até deparar-se com o líder de uma seita pseudo-filosófica e pseudo-religiosa que o acolhe.