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A maior estreia de 2025 chegou ao Prime Video — e vem com 13 indicações ao Oscar Divulgação / Pathe Films

A maior estreia de 2025 chegou ao Prime Video — e vem com 13 indicações ao Oscar

Com uma estética assumidamente artificial e uma trama que desafia as convenções do realismo, “Emilia Pérez” transforma o absurdo em denúncia, o exagero em crítica. Ao misturar musical, thriller e melodrama num palco farsesco, Jacques Audiard concebe uma narrativa onde identidade, violência e redenção colidem com fúria estilizada — e uma ironia que não pede licença nem perdão. É um filme que incomoda porque ousa, e brilha justamente onde tantos outros hesitam.

Aplaudido de pé por 8 minutos em Cannes, filme de Taylor Sheridan que vai dilacerar sua alma está prestes a se despedir da Netflix Divulgação / Wild Bunch Germany

Aplaudido de pé por 8 minutos em Cannes, filme de Taylor Sheridan que vai dilacerar sua alma está prestes a se despedir da Netflix

Entre as muitas histórias de crimes que buscam equilibrar tensão e profundidade emocional, poucos filmes conseguem alcançar o nível de “Terra Selvagem”. Escrito e dirigido por Taylor Sheridan, o longa impressiona não apenas pelo enredo envolvente, mas pela maneira como constrói um estudo poderoso sobre perda e resiliência, ancorado na gélida paisagem de Wyoming. O filme vai além do formato convencional do thriller ao investir em um olhar sensível sobre as feridas abertas de uma comunidade indígena, para quem a tragédia se tornou parte de um ciclo incessante de dor.

Indicado a 13 Oscars em 2025, o filme mais aguardado do ano acaba de chegar ao Prime Video Divulgação / Pathe Films

Indicado a 13 Oscars em 2025, o filme mais aguardado do ano acaba de chegar ao Prime Video

“Emilia Pérez” é um pastiche. A partir dessa informação, pode-se começar a tecer alguma análise minimamente honesta a respeito do filme do francês Jacques Audiard, uma rapsódia sobre um traficante de drogas em busca de redenção que une o útil ao agradável quando decide submeter-se à redesignação de gênero, escapando de chefões dos narcocartéis que ousou enfrentar — sendo ele mesmo um desses homens truculentos, brutais, cheio do que hoje tem sido classificado como masculinidade tóxica.

Polêmico, perturbador e banido: filme que críticos adoraram estreia na Netflix após censura nos cinemas Nick Wall / Paramount Pictures

Polêmico, perturbador e banido: filme que críticos adoraram estreia na Netflix após censura nos cinemas

Dirigido por Rapman, “Blue Story” transcende o estigma das narrativas urbanas ao mergulhar nos dilemas de dois jovens amigos separados pela rivalidade entre gangues. Com estética afiada, narrativa rítmica e consciência social, o filme denuncia o abandono das periferias londrinas, revelando como a violência se infiltra no cotidiano quando o Estado se omite e a marginalização dita as regras de convivência, deixando cicatrizes que nenhuma política pública ousa encarar.

Depois desse filme você vai questionar tudo, até a própria identidade — na Netflix

Depois desse filme você vai questionar tudo, até a própria identidade — na Netflix

O cinema sul-coreano consolidou-se como um território fértil para narrativas que desafiam as convenções, exploram as profundezas da psique humana e reinventam gêneros com destreza singular. “Rastros de um Sequestro”, dirigido e roteirizado por Jang Hang-jun, entra nessa tradição ao entregar um thriller psicológico meticulosamente construído, que subverte expectativas ao flertar com o terror atmosférico e a paranoia.