Autor: Rebeca Bedone

Não deixe pra depois. A vida acontece agora!

Não deixe pra depois. A vida acontece agora!

Mudar o rumo das coisas, trocar a mobília da casa e da alma, começar a dormir sob outro teto, quem sabe outra cidade, às vezes dá um pavor danado. Principalmente depois de muito tempo pensando só, quando a pessoa se torna o fantasma do seu próprio pesadelo. Porém, começar outra vez, seja em qualquer esfera da vida, é dar chance ao algo novo que surgiu acendendo a sua luz.

Ainda tenho em mim todos os sonhos do mundo

Ainda tenho em mim todos os sonhos do mundo

Um dia meu avô paterno veio nos visitar e descobriu que eu gostava de inventar coisas de escrever. Ele ficou tão animado que levou meus versos e publicou no jornal da cidade dele, na seção infantil. Eu tinha 12 anos de idade. Logo depois disso, eu parei de brincar de escritora e essa estória foi totalmente esquecida. Porém, outro dia, encontrei o caderno de mais de 20 anos com aqueles escritos e senti uma saudade danada desse meu avô.

Se você vem amanhã, desde hoje começarei a ser feliz

Se você vem amanhã, desde hoje começarei a ser feliz

Um dia a vida sempre nos separa. É quando sentiremos falta das brincadeiras no final de tarde depois de feita a tarefa do colégio, das conversas à toa em volta do lago da faculdade e dos “happy hours” depois do expediente do trabalho. Muitas pessoas passarão por nossas vidas, e, dessas, algumas nos deixarão suas trilhas sinceras de amizade e carinho, com a esperança do reencontro, nem que ele aconteça somente nas saudades dos nossos sonhos dormidos.

Chega de inventar saudade. Vamos amar de novo

Chega de inventar saudade. Vamos amar de novo

Como deixar de amar alguém? Como aprender a dizer adeus? Pois é, toda vez que um romance acaba, quando fomos nós os deixados para trás ou se terminamos porque não dava mais certo ou porque o momento não era para ser, e mesmo assim ainda gostamos da pessoa que partiu, é como se o jardim da nossa alma tivesse repentinamente todas as suas flores arrancadas e no seu solo rachado restassem nada mais que as saudades que não sabemos como e nem onde replantar para voltarmos a viver.

Sabemos onde fomos, mas não enxergamos onde poderíamos ir

Sabemos onde fomos, mas não enxergamos onde poderíamos ir

Não há luz nesse cômodo onde o sol se escondeu atrás da própria sombra. Suas visitas nesse momento são as dúvidas e as dívidas de compromissos que se multiplicam em contas para pagar, e são também as picuinhas dos invejosos e dos mal-humorados que só atrapalham a sua humilde tentativa de viver em paz. Você quer sair desse lugar apertado. As janelas da sua alma estão fechadas, está tudo escuro e seu silêncio dói. Que miserável! Como pode alguém viver assim? Perdido nas profundezas da vida, ocultado da sua própria sorte, subjugado por seu próprio medo.