Expandir a consciência é tarefa árdua e inglória, até porque pode-se entender por “consciência” muitos conceitos: consciência moral, consciência política, consciência de classe, consciência afetiva. Freud explica — nós também! A Bula elaborou uma lista pra lá de plural.
Um dos predicados que o cinema amealhou ao longo de seu mais de século de existência foi o de antever o futuro — muitas vezes de maneira involuntária, que se diga. Histórias que recriam o mundo real, primeiro nos livros e, depois na telona, nos oferecem a dimensão de como o mundo pode ficar em alguns anos.
Responsável por provocar em nós as sensações mais plurais desde antes que viéssemos ao mundo, canções — e, ainda mais amplamente, o ritmo — têm o condão de mudar nosso humor (para o bem e para o mal), e podem nos conduzir a tomar resoluções definitivas em muitas circunstâncias.
Poesia é tudo quanto o homem encontra de belo na vida. Pode se apresentar sob sua forma mais clássica, versos, mas também dá o ar de sua graça em canções, peças de teatro e, não raro, desabrocha sem nenhuma inibição diante de milhões de espectadores na tela grande. Fizemos um esforço nada extenuante e elencamos os dez filmes mais poéticos que o cinema já produziu — é claro que há muitos outros, mas para fecharmos em apenas dez, foram esses os que mais nos chamou a atenção, por uma razão ou outra.
“A história só se repete como farsa.” Essa talvez seja a sacada mais inteligente de Karl Marx, largamente usada para se apontar os erros históricos que o homem teima em cometer no curso do tempo. É o que se verifica ao longo da leitura das mais de 400 páginas do livro “A Bailarina da Morte: A Gripe Espanhola no Brasil”, das historiadoras Lilia Moritz Schwarcz e Heloísa Murgel Starling, publicado no ano passado.