Autor: Giancarlo Galdino

Às vezes, tudo de que a gente precisa é de um bom filme para nos lançar na cara a certeza de que a nossa vida não é tão ruim como estávamos pensando. Pode não ser uma beleza, e é nessas circunstâncias mesmo que a vida tem alguma coisa a nos dizer. O flagelo de uma doença para a qual não existe cura; um casamento que soçobra em meio às diferentes vontades e carências de cada um; a incapacidade de aceitar a vida como dizem que ela é e ser tomado pelo ímpeto de lutar para que as coisas mudem.

É na necessidade de fazer frente a tempos difíceis que se conhece a verdadeira natureza dos homens. Nenhuma máscara de falsa altivez resiste a dureza de uma guerra, por exemplo. Ao longo das batalhas, se fazem essenciais o espírito reto, a dignidade, a nobreza, enquanto se luta contra um inimigo em nome de um propósito que se julga superior e de interesse crucial para um povo.

A Coreia do Sul tem adquirido proeminência visível devido ao que produz no cinema. Em pouco mais de 16 anos, os filmes sul-coreanos cresceram e apareceram, com tramas bem desenvolvidas, cujos roteiros primam pelo alto nível das atuações, da direção e das locações. Não se tem nunca a impressão de algo feito meio no improviso e a sétima arte do país não deixa nada a desejar a Hollywood.