Autor: Carlos Willian Leite

Os 7 melhores livros brasileiros de 2025, até agora

Os 7 melhores livros brasileiros de 2025, até agora

Um país respira pela boca da linguagem. No azulejo da cozinha, na nave da igreja, no arquivo guardado em caixas úmidas, na sala de aula onde a atenção vacila, na janela azul que aproxima e separa. Há um pulso antigo que não cessa e um presente que pede nome. Entre a infância que hesita e o corpo que negocia seus limites, a poesia afia a escuta e a prosa recolhe indícios.

Ler é morrer um pouco e voltar outro

Ler é morrer um pouco e voltar outro

Uma cidade desperta e, entre persianas e passos, leitores atravessam páginas como quem atravessa outra pressão de ar. No ônibus, no sebo, na escola, no hospital, em casa e na biblioteca, a leitura desloca ângulos, aperta músculos discretos, ensina o nome exato de um cheiro. Não consola; afina. Entre tarefas e urgências, ela grava pequenas cicatrizes e redesenha perímetros: impede um grito, autoriza um riso, desalinha o mundo de leve e aprofunda quem o vê.

Ela se jogou do oitavo andar. Era sábado. Tinha 31 anos. Antes, mudou a poesia brasileira

Ela se jogou do oitavo andar. Era sábado. Tinha 31 anos. Antes, mudou a poesia brasileira

Entre uma janela em Copacabana e cadernos que não cabiam no corpo, Ana Cristina Cesar atravessou o Rio setentista, a Inglaterra dos estudos de tradução e uma Paris de luz oblíqua. Fez da intimidade um experimento público, da carta um palco mínimo, da conversa um pulso. Amores, amizades, aulas, leituras: uma vida de precisão e risco. Em 1983, a tragédia interrompe, não encerra. O perfil segue seus passos curtos e firmes, escuta arquivos, vozes e cidade, para entender como a poesia ficou enquanto ela partia e por que ainda fere.

Os 11 maiores atores da história do cinema: a seleção suprema

Os 11 maiores atores da história do cinema: a seleção suprema

Esta lista organiza onze atores no sistema 4-3-3, adotando a linguagem tática do futebol como ferramenta comparativa para o cinema. Concebida por um historiador e um físico, ela posiciona temperamentos de tela em funções de jogo, quem ancora, quem organiza, quem rasga espaço. Os critérios são explícitos: impacto histórico, amplitude de registro, precisão técnica, potência de imagem e capacidade de alterar o tempo interno de um filme.

O melhor romance brasileiro de 2025 (até agora)

O melhor romance brasileiro de 2025 (até agora)

Um romance-dossiê que aproxima Machado de Assis do mito gótico de Drácula, “Quincas Borba e o Nosferatu” confirma o talento de Edson Aran em cruzar tradição e risco criativo. A montagem de cartas, relatórios e diários substitui o narrador onisciente por múltiplas vozes em atrito, transformando dúvida em suspense. Quincas Borba vira investigador, Brás Cubas falha com ironia e Capitu assume desejo e ação em um Rio Imperial vivo.