História de amor mais fofinha e encantadora do Prime Video é curativo para seu coração partido Divulgação / Small Dog Picture Company

História de amor mais fofinha e encantadora do Prime Video é curativo para seu coração partido

Indicado ao Emmy, o produtor executivo de “Modern Family” Jason Winer e o produtor Mike Falbo tiveram a ideia de transformar em filme um relato que ouviram no programa de rádio “This American Life”, apresentado por Ira Glass. Assim nasceu “É Culpa da Alegria”, comédia romântica que foi da Sony Pictures durante um tempo, mas que acabou rejeitada pelo estúdio, sendo lançada pela IFC Films.

Com Martin Freeman como protagonista, o enredo gira em torno de Charlie, um bibliotecário que sofre de cataplexia, um distúrbio crônico que faz com que a pessoa tenha uma súbita fraqueza muscular desencadeada por reações emocionais extremas, como raiva, medo, surpresa ou alegria. Para Charlie, é a felicidade que provoca os ataques súbitos que o faz desmoronar em qualquer lugar que esteja.

De acordo com Winer, uma das coisas que mais o impressionou  em sua pesquisa para o filme, é que os pacientes que sofrem de cataplexia relataram manter sua consciência durante a crise. Ou seja, um dos maiores terrores de quem sofre dessa condição é o constrangimento e o medo provocado exatamente por estarem testemunhando as reações das pessoas enquanto seus corpos despencam abruptamente no chão.

Para evitar as crises, Charlie mantém pensamentos negativos em sua mente. Desta forma, evita desmaiar sempre que está feliz. Mas sua vida sofre uma reviravolta com a chegada de Francesca (Morena Baccarin), uma bela, inteligente e espontânea gerente de bar. Ela surge como um furacão na biblioteca onde Charlie trabalha. Acompanhada de seu namorado, os dois iniciam uma discussão e Francesca decide fazer uma cena. Ela sobe em cima de uma das mesas de leitura, rasga livros e grita na frente de todos. Charlie, ao invés de tentar controlá-la, a incentiva a externar suas emoções. Impressionada e calma dele em lidar com a situação, Francesca se sente cativada. Charlie é influenciado pelos colegas de trabalha a chamá-la para sair. Apesar de inseguro por conta de sua cataplexia, ele decide se arriscar em um encontro romântico após anos sem sair com nenhuma mulher.

Mas o distúrbio de Charlie é pontual. Assim que ele se sente feliz, desmaia na escada na porta da casa de Francesca. No hospital, quando o irmão dele, Cooper (Jake Lacy) chega, Francesa é informada da doença. Apesar disso, seu interesse por Charlie não diminui. No entanto, constrangido, Charlie faz de tudo para dispensá-la. Percebendo que seu irmão também se sentiu atraído por Francesca, ele incentiva o romance entre os dois, desta forma, poderá mantê-la por perto sem se sentir emocionalmente pressionado.

Por outro lado, Cooper apresenta o irmão à Bethany (Melissa Rauch), uma nerd gentil e entediante. A personalidade da moça parece a combinação ideal de qualidades para que Charlie tenha uma namorada sem sentir grandes emoções. Conforme as relações entre os casais avançam, o destino mostra quem realmente foi feito para quem.

Comédia romântica com pitadas de drama e reflexões sobre os comportamentos das pessoas, o filme de Winer é um olhar humorístico, mas cativante e respeitoso às pessoas que sofrem da mesma condição do protagonista. A belíssima atuação de Martin Freeman, combinado ao roteiro generoso e sensível, é capaz de despertar a empatia do público, enquanto propõe representar pessoas com este ou outro distúrbio nos cinemas, desmistificando o protagonista perfeito.


Filme: É Culpa da Alegria
Direção: Jason Winer
Ano: 2019
Gênero: Comédia / Romance
Nota: 9/10