Se o amor te pegar, renda-se!

Se o amor te pegar, renda-se!

Você nem esperava mais por ele. Depois de tropeços e desilusões, e depois das pessoas que partiram, de repente, como num dia chuvoso em que o sol aparece por entre as densas nuvens, o amor chegou novamente.

Acontece que a sua vida está estável e os seus projetos em andamento. Sua individualidade é a sua maior conquista. Mas, ao te olhar com a alma dele, o amor fez você enxergar a si mesmo de uma forma diferente. Ele tocou em todos os seus sentidos, reviveu sonhos e acendeu desejos.

E o amor de hoje não é só bonito, mas cativa com a sua essência e emociona nas entrelinhas. Traz consigo a leveza e uma esperança de derramar, através das palavras ainda não ditas, todos os seus medos escondidos: o amor abriu em você uma gaveta que estava trancada em seu coração.

Você quer viver urgentemente esse sentimento, mas, ao mesmo tempo, deseja ter cautela. Talvez o amor seja porto de partida, talvez ele seja ponto de chegada. O amor, para alguns, é como flor arrancada; para outros, tão resistente como uma rocha. Alguns dizem que o amor é eterno, outros dizem que ele é o momento. O amor pode ser o sol que aquece e depois queima, a chuva que lava e depois esfria. O amor pode ser tudo e, depois, nada. Talvez o amor seja mesmo um dia depois do outro, ou talvez ele seja agora. Talvez esse amor fique em sua morada, talvez ele esteja só de passagem.

Mesmo sem saber, você, finalmente, deixa o amor ficar até o dia de amanhã. Porque, o que vem depois de amanhã, você não sabe. Mas acredita no que sente. É como estar a escrever um poema no papel em branco: ainda não há frases nem versos, mas há o sentimento.

Então, você fecha os olhos e ouve John Denver e Plácido Domingo: “Talvez o amor seja como um local de descanso, um abrigo da tempestade. Ele existe para te oferecer conforto, ele está lá para te manter aquecido. E nos tempos de dificuldade, quando mais você está sozinho, a lembrança de um amor te levará para casa”.