5 livros para fingir que leu só pra parecer cult na mesa do bar

5 livros para fingir que leu só pra parecer cult na mesa do bar

Alguns frequentam bares para esquecer os problemas; outros, para esquecer que não leram Crítica da Razão Pura. De todo modo, todos merecem uma chance de parecer profundos enquanto seguram um copo de chope e citam Heidegger entre uma batata frita e outra. O truque não é entender, é franzir a testa no tempo certo, soltar um “isso me lembra muito o que Sartre dizia” e mudar de assunto antes que perguntem “o quê exatamente?”. Nesta lista, selecionamos cinco obras fundamentais para fingir que você lê filosofia fenomenológica em francês, quando na verdade sua maior reflexão existencial é sobre o preço do Uber.

É claro que, ao longo dos séculos, grandes pensadores tentaram nos explicar o ser, o tempo, o nada e até o desejo, só esqueceram de nos avisar que a maioria desses textos exige não só leitura, mas também resiliência. Para cada parágrafo, um Google aberto. Para cada citação, um sono profundo. E mesmo assim, nada disso impede que você decore meia dúzia de frases desconexas e as utilize com firmeza e cara de quem já entendeu tudo. Você não vai enganar um professor de filosofia, mas pode muito bem impressionar aquele colega que só leu “O Pequeno Príncipe” e tem medo de admitir.

Mas sejamos justos: essas obras são, sim, densas, revolucionárias e absolutamente transformadoras, principalmente na hora de transformá-lo num mito da mesa do bar. Você não precisa ter lido, só parecer que está relendo pela terceira vez. Por isso, preparamos sinopses de altíssimo nível para você se apoiar quando alguém perguntar “qual é mesmo a diferença entre o ser-em-si e o ser-para-si?” ou “o que Kant quis dizer com síntese transcendental?”. Respire fundo, olhe com desaprovação, diga “leia o original”, e deixe o resto com a gente.

Fer Kalaoun

Fer Kalaoun é editora na Revista Bula e repórter especializada em jornalismo cultural, audiovisual e político desde 2014. Estudante de História no Instituto Federal de Goiás (IFG), traz uma perspectiva crítica e contextualizada aos seus textos. Já passou por grandes veículos de comunicação de Goiás, incluindo Rádio CBN, Jornal O Popular, Jornal Opção e Rádio Sagres, onde apresentou o quadro Cinemateca Sagres.