Livros

O retorno de Autran Dourado

O retorno de Autran Dourado

A editora Harper Collins começou a reeditar uma das obras mais sofisticadas e profundas da literatura brasileira moderna. Os leitores de hoje têm assim a oportunidade de conhecer e reconhecer o escritor Autran Dourado (1926-2012), que andou um tanto relegado ao segundo plano no campo cultural, diante da avalanche de lançamentos em tempos de redes sociais. Já foram lançadas as novas edições de “A Barca dos Homens” (1961), “Ópera dos Mortos” (1967) e “Os Sinos da Agonia” (1974).

Os Melhores Contos de Fadas Asiáticos, org. Marina Ávila

Os Melhores Contos de Fadas Asiáticos, org. Marina Ávila

O livro é um primor de organização e cuidado, feito com todos os elementos gráficos necessários para cativar o leitor, ilustrar a história e fazer caber o imaginário nas indagações sobre como são as coisas incríveis que jamais poderemos ver com nossos próprios olhos. Como dragões, fantasmas, gigantes, deuses, raposas de nove caudas e outros seres pré-borgianos inimagináveis.

O Último Homem Branco, de Mohsin Hamid Foto / Companhia das Letras

O Último Homem Branco, de Mohsin Hamid

Ao despertar em uma manhã, Anders, originalmente de pele clara, acordou para uma realidade inesperada: sua pele havia mudado para um tom marrom escuro incontestável. Esse surpreendente despertar marca o ponto de partida de uma narrativa kafkiana, na qual a transformação física do personagem serve como catalisador para uma profunda revisão de perspectivas. A alteração em sua aparência o conduz por um caminho de descobertas, revelando aspectos da vida e da sociedade que permaneciam ocultos aos seus olhos.

Os romances espelhados de Natalia Ginzburg

Os romances espelhados de Natalia Ginzburg

A cronologia não há de ser um problema incontornável, mas a leitura de “Todos os Nossos Ontens” calhou de ser anterior ao “Léxico Familiar”, representantes da escrita colorida da italiana Natalia Ginzburg. Pela ordem dos fatores, “Léxico Familiar” deveria ter tido a primazia do primeiro encontro. Lançado em 1958, ele antecede “Todos os Nossos Ontens” em exata meia década. Não se trata de uma linha evolutiva imprescindível para o sabor da descoberta. O sentido da viagem não altera a efusão do movimento.

Tungstênio, de César Vallejo

Tungstênio, de César Vallejo

Num cenário pré-guerra mundial, a empresa fictícia norte-americana Mining Society explora o tungstênio nas minas da região serrana de Colca, no Peru. O lugar é pobre e atrasado e a ambição dos empresários, somada aos interesses dos políticos e comerciantes locais, faz com que a exploração aconteça para além do metal. Os índios, supostamente ingênuos, são obrigados a trabalhar nas minas como escravos, sob a alegação de que cometeram o crime de deserção.