Livros

Os 7 livros que mudaram a cabeça de Nietzsche

Os 7 livros que mudaram a cabeça de Nietzsche

Nietzsche não nasceu pronto. Sua filosofia cortante, muitas vezes violenta, não brotou do nada. Foi sendo formada, página a página, na tensão entre admiração e repulsa, entre leitura e reação. Sete livros se alojaram fundo em sua cabeça. Alguns ele rompeu, outros abraçou, outros ainda transformou em combate. Este não é um inventário de influências, mas uma travessia pelas ideias que fermentaram o pensamento mais indomável da modernidade. Porque todo pensamento, mesmo o mais original, nasce de algum atrito com o que já foi dito.

Os 4 livros que Raduan Nassar nunca deixou de reler — mesmo depois do silêncio Paulo Pinto / Divulgação

Os 4 livros que Raduan Nassar nunca deixou de reler — mesmo depois do silêncio

Poucos escritores se retiraram com tanto rigor. E poucos leram com tanta entrega. Raduan Nassar, autor de dois romances e um gesto definitivo de reclusão, leu como quem procurava ferida, não consolo. Os livros que o formaram não são apenas influências, são rastros. Ele não citava muitos. Mas os que citava, voltava a eles. Sempre. Entre ensaios, epopéias líricas e narrativas secas como faca, há uma coerência austera e feroz. Um mapa de leituras que diz mais sobre ele do que qualquer entrevista jamais diria.

Os 5 livros favoritos de Clarice Lispector — e que ela nunca deixou de reler

Os 5 livros favoritos de Clarice Lispector — e que ela nunca deixou de reler

Clarice Lispector nunca organizou uma lista oficial de livros preferidos, mas em entrevistas e conversas privadas mencionou obras às quais voltava com frequência quase obsessiva. Não eram títulos que decoravam estantes, mas que a provocavam. Livros que permaneciam vivos, indomados, desorganizando o que parecia seguro. Ela os relia por necessidade e por impulso, como quem procura um gesto que ainda não foi entendido. Se não há um cânone clariciano formal, há, no mínimo, um conjunto de vozes que a acompanhava — às vezes em silêncio, às vezes em confronto.

Por que ainda estamos colorindo livros em 2025?

Por que ainda estamos colorindo livros em 2025?

Em 2025, os livros de colorir ocupam prateleiras de produtos sérios. São vendidos como autocuidado, como forma de presença, como remédio para ansiedade. Estão ao lado de velas aromáticas e diários de gratidão. Tornaram-se parte de um vocabulário emocional padronizado, em que relaxar significa manter-se produtivo de uma forma silenciosa e, de preferência, fotogênica. Colorir virou uma prática legitimada. Mas também uma prática sintomática.

De Emily Dickinson a Cormac McCarthy: a seleção definitiva da literatura americana

De Emily Dickinson a Cormac McCarthy: a seleção definitiva da literatura americana

Onze escritores formam a Seleção Literária Americana definitiva. Uma escalação que não celebra uma tradição — mas a reinventa. São autores que transformaram forma em fratura, estilo em ética, linguagem em território de disputa. De Melville a Baldwin, de Dickinson a McCarthy, esta equipe traça o mapa da literatura americana em sua tensão mais alta. No comando, Walt Whitman. Não como técnico, mas como batimento inaugural. Esta não é uma lista. É uma arquitetura viva. Uma convocação estética. Uma escuta radical daquilo que o país nunca conseguiu dizer em voz plena.