Cativante, comovente e violento, filme francês da Netflix é uma joia do neorrealismo moderno
A fama de cidade pobre e violenta de Marselha, cidade portuária ao Sul da França, é absolutamente verdadeira, e esse é um dos muitos gatilhos disparados por Jean-Bernard Marlin a fim de falar da vida de misérias de um garoto de dezesseis anos, recém-saído da cadeia, e apaixonado por uma prostituta. Filmando em estilo neorrealista, extraindo de seus atores não-profissionais desempenhos memoráveis e, acima de tudo, sendo honesto consigo mesmo, Marlin apresenta em “Shéhérazade” uma história de família (uma família destruída) e um romance (cru e cheio de beleza).