Filmes

“Mad Max: Estrada da Fúria” é a alegoria das alegorias do caos. Na cena de abertura, vitaminada na nova configuração em que o claro e o escuro transformam-se nas grandes estrelas do show, Tom Hardy contempla o mundo inteiro diante de si ao lado de seu Interceptor. O gênio de John Seale vai fundindo o mocinho de Hardy ao carro, que se amalgama a terra junto ao precipício, que por seu turno une-se ao céu, dando a justa medida da desordem e da falta de parâmetros, estéticos e éticos, nesse ambiente por ser desvendado.

Uma comédia besteirol sobre relacionamentos e amadurecimento, “Ligeiramente Grávidos”, de Judd Apatow, reúne o grupo de humoristas já conhecido do público, Seth Rogen, Jason Segel, Jonah Hill e Jay Baruchel, em um filme hilário e despretensioso. No enredo, Alison (Katherine Heigl) engravida de Ben (Rogen), após eles se conhecerem na balada e irem para casa juntos por apenas uma noite. Agora, com a nova responsabilidade à frente, eles terão de amadurecer e se suportar para conseguir compartilhar um filho.

Poucos são os que mostram-se dispostos a escalar a muralha do preconceito e se imiscuir junto a quem todos consideram como a escória, e esse mérito Mijke de Jong, a diretora de Layla M., pode reivindicar. A seu modo, De Jong se propõe a investigar um fenômeno exótico, mas de vital importância para que se tenham ferramentas mais precisas a fim de se chegar a uma conclusão verdadeiramente reveladora quanto ao fascínio de algumas pessoas por condutas sabidamente inaceitáveis.

Terminar um relacionamento amoroso de quase 10 anos não tem como ser fácil. Ao longo desse tempo, as vidas se entrelaçam e se misturam, os gostos se confundem, as histórias se alinham. “Alguém Especial” é um filme que narra a separação de um jovem casal nova-iorquino que ainda se ama. Sensível, realista e bem-humorado, este filme é um remédio para o coração.

O absurdo da execução em massa dessas mulheres, um verdadeiro genocídio, vem à tona em “Silenciadas” (2020). A caça às bruxas, literal no filme do diretor argentino-francês Pablo Agüero, remete à intolerância para com as minorias ainda hoje, passados mais de 300 anos. Registros mostram que muitas das mulheres descritas como feiticeiras, logo anatematizadas e escrutinadas por padres e bispos, que reportavam suas particularidades nos livros que despachavam para Roma, eram pretas, judias ou mesmo cristãs marranas.