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Ler era viver antes de viver

Ler era viver antes de viver

Antevi sucesso, aplausos, o Nobel, conversinhas ao pé do ouvido com Vargas Llosa e Philip Roth. Eu seria íntimo de Alice Munro e confidente de Margaret Atwood; com ar impaciente, escreveria roteiros para cinema na minha casa à beira do Lago di Garda. Era, assim cri, o caminho natural desde que numa tarde preguiçosa, quando eu tinha menos de 15 anos (sim, antes de Cristo), lendo um livro qualquer no cômodo que mencionei da nossa casa de família, olhei vagamente para as estantes repletas e ali, a las cinco en punto de la tarde daquele dia modorrento, pensei adivinhar, com o peso esmagador das grandes visões, o resto da minha vida.

Por que os casais estão mais apaixonados no Instagram do que na vida real

Por que os casais estão mais apaixonados no Instagram do que na vida real

Ela postou três fotos dele em menos de vinte e quatro horas. Numa, o abraço; noutra, o sorriso meio torto; na última, só a mão entrelaçada. Nenhuma legenda, só corações, emojis. No sofá, ele jogava em silêncio. Ela saiu do banheiro já com a toalha na cabeça e um leve cheiro de cansaço no andar. Disseram “te amo” antes de dormir, com o rosto virado. A tela ainda brilhava quando apagaram a luz. Não é ironia. Nem farsa. É só… outra coisa. Um tipo de amor que funciona melhor de fora pra dentro. Talvez.

O renascimento do vinil e o retorno do ritual de ouvir música

O renascimento do vinil e o retorno do ritual de ouvir música

Vivemos numa era de abundância sonora. O acesso à música, em todas as línguas, épocas, estilos, nunca foi tão imediato, fluido, automático. Algoritmos sugerem faixas, playlists acompanham cada atividade cotidiana, trilhas se sobrepõem ao silêncio como um hábito inconsciente. No entanto, em meio a esse dilúvio digital, cresce silenciosamente um movimento de resgate, não apenas da música em si, mas da forma como a escutamos: o retorno do vinil.

Não é sobre ler mais. É sobre ler melhor

Não é sobre ler mais. É sobre ler melhor

Você não precisa de mais textos salvos. Precisa de menos — e melhores. Esta reportagem mergulha na ansiedade silenciosa de quem acumula PDFs e nunca lê, expondo o colapso da leitura profunda na era da distração. Um convite radical à renúncia, à escolha e à lentidão. Um manifesto por menos performance e mais presença. Leia se você já se sentiu sobrecarregado por conteúdo demais e tempo de menos. Não é sobre quantidade. É sobre transformação. E talvez o que você procura não esteja no próximo arquivo — mas nesta pausa.

O Google penaliza conteúdo gerado por IA? Um estudo com 600 mil páginas diz que não

O Google penaliza conteúdo gerado por IA? Um estudo com 600 mil páginas diz que não

A ideia de que o Google penaliza conteúdos criados por inteligência artificial tornou-se quase um dogma em círculos de SEO e marketing digital. Entre tutoriais, fóruns e influenciadores do setor, a recomendação tem sido unânime: evite depender de IA para produzir seus textos, ou corra o risco de despencar nos rankings. Mas e se essa suposição estiver errada? Um estudo recente da Ahrefs, plataforma de referência em análise de tráfego e SEO, propõe uma reavaliação desse paradigma.