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Os 10 melhores romances brasileiros de 2023

Os 10 melhores romances brasileiros de 2023

O Brasil estreia 2024 atolado nas velhas questões de sempre — miséria galopante, políticos demagogos que se perpetuam no topo do sistema fazendo dela ótimo proveito, ignorância, má-fé —, e a literatura por seu turno encontra uma maneira de explicar seus efeitos, ou, quando menos, engendrar uma denúncia minimamente sólida. Narrativas intimistas ou de filosófico escracho figuram na nossa lista dos dez melhores romances brasileiros publicados em 2023, com sinopses adaptadas ou reproduzidas dos websites das editoras.

Nunca foi tão importante ler a Ilíada

Nunca foi tão importante ler a Ilíada

Este texto é um despropósito. A “Ilíada”, de Homero, certamente não precisa de apresentações, muito menos de uma chamada publicitária para convencer as pessoas a “darem uma chance”. A verdade é que o tempo vai passar, a Terra será engolida pelo Sol, a humanidade construirá casas de veraneio em Marte e, ainda assim, será possível escutar em algum rincão da galáxia, uma alma declamando: “Canta, ó Deusa, a cólera de Aquiles, o Pelida”. A despeito disso, desejo aqui dizer algumas palavras sobre a epopeia homérica e sobre o benefício que sua leitura invariavelmente traz ao habitante deste século.

A ficção paranoica de Don DeLillo

A ficção paranoica de Don DeLillo

Em seus livros, DeLillo realiza uma remixagem de pedaços ou restos de estilos: ficção científica, romance policial, distopias, paranoia, conspirações, para gerar uma forma nova de narrar. O que seria apenas lixo cultural, porém, se transforma em grande arte do pensamento e da literatura. Devorar tudo também é a forma de a sociedade norte-americana se organizar e controlar a economia global. Os Estados Unidos fazem a combinação de dinheiro, tecnologia, guerras, armas e, sobretudo, produção da cultura para consumo mundial (haja vista o cinema e a música pop).

O trem da alegria ainda não parou na central

O trem da alegria ainda não parou na central

Gonzaguinha, talvez por transformar as dificuldades de sua vida em uma aguçada consciência política e social, fez delas o insumo principal para o desenvolvimento de sua carreira, que foi breve, mas marcante e muito importante dentro do cancioneiro popular brasileiro. E por que não dizer que, por isso, ele está inserido em nosso contexto cultural? Pode parecer brincadeira, mas é um fato que me aconteceu. Por obra do acaso, ouvi, com ouvidos de outrora, melancólicos e saudosistas, a música “A felicidade bate à sua porta” (Trem da alegria), de sua autoria, e algo me despertou para analisá-la de maneira mais atenta.