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Sentimentos de melancolia análogos à tristeza

Sentimentos de melancolia análogos à tristeza

O pensar me escraviza. Eu não cheiro, nem fedo. Eu não sou alto, nem baixo, nem gordo, nem magro, nem feio, nem bonito, nem careta, nem libertino. Sou menos livre do que um menino. Um homem destro com suaves desatinos à esquerda. Eu sofro de insônia, enquanto, sonho com paz na Terra, justiça social e arroz sem lentilhas. Iludidos, os meus olhos são duas ilhas que se tornaram baças, adquirindo um matiz neutro, do tipo nem claro, nem escuro, nem morto, nem vivo, nem alegre, nem triste, um mistério imbricadíssimo até mesmo para uma falecida poetisa decifrar.

Bula de Livro: O Marcador de Página, de Sigismund Krzyzanowski

Bula de Livro: O Marcador de Página, de Sigismund Krzyzanowski

O crítico em geral é um cara que adora dizer que bom mesmo não é o livro, filme, série, quadro, peça que todo mundo gostou, bom mesmo é o que só ele conhece. O sujeito que escreve críticas de cinema, teatro, programas de TV, séries, livros, manuais de instrução e bulas de remédios é um dos poucos seres humanos que pode escrever o que quiser, sem medo da crítica. Ele talvez só tenha um pequeno receio de que o autor passe a odiá-lo depois de sua crítica.

O crítico de críticos

O crítico de críticos

O crítico em geral é um cara que adora dizer que bom mesmo não é o livro, filme, série, quadro, peça que todo mundo gostou, bom mesmo é o que só ele conhece. O sujeito que escreve críticas de cinema, teatro, programas de TV, séries, livros, manuais de instrução e bulas de remédios é um dos poucos seres humanos que pode escrever o que quiser, sem medo da crítica. Ele talvez só tenha um pequeno receio de que o autor passe a odiá-lo depois de sua crítica.

A incrível viagem de Niwa rumo a si mesma e sua redescoberta do Brasil Foto / Sofia Colucci

A incrível viagem de Niwa rumo a si mesma e sua redescoberta do Brasil

Niwa nos arranca do chão com garras gentis de ave mitológica e nos leva a uma viagem por melodias lindas e fortes, arraigadas em sua identidade multicultural que sobrevoa nosso mundo rasteiro. Por suas veias correm juntos Björk e Tetê Espíndola, Depeche Mode e Mercedes Sosa, as sirenes marítimas e o canto da araponga. Em sua arte se encruzilham a Amazônia e o Japão, Nova Iorque e Nova Délhi, São Paulo e Belém do Pará. Em seu peito batem antigos tambores e novas tecnologias sintetizando o que somos, o que fomos e o que inda haveremos de ser.

Como Dostoiévski explica o comportamento atual

Como Dostoiévski explica o comportamento atual

O filósofo grego Diógenes de Sínope caminhava, durante o dia, com uma lanterna acesa na mão, em meios às pessoas, e dizia: “procuro um homem”. Foi o fundador da escola cínica. Dessa façanha histórica, não podia sair coisa diferente. Se vivesse nos dias de hoje, poderia usar um holofote como lanterna, durante o dia, e vagar pelas ruas de quaisquer cidades em sua busca para, fatalmente, colher as mais sinistras experiências.