A história da livraria mais antiga da América Latina em operação

A história da livraria mais antiga da América Latina em operação

Na esquina das ruas Alsina com a Bolívar, no coração de Buenos Aires, esconde-se uma verdadeira máquina do tempo. Com livros usados à venda, expostos em duas mesinhas na porta, do lado de fora, a Librería de Ávila existe humildemente, despretensiosa, e passa despercebida pelos transeuntes desavisados. Para a maioria dos turistas, ela é apenas mais uma lojinha local abrigada em um dos prédios históricos da cidade. No entanto, ali mora um verdadeiro patrimônio argentino que faz parte da história da capital portenha.

Ela escreveu 2 mil poemas, não publicou nenhum em vida e morreu sem saber que mudaria a poesia para sempre

Ela escreveu 2 mil poemas, não publicou nenhum em vida e morreu sem saber que mudaria a poesia para sempre

Emily Dickinson viveu e escreveu em segredo numa América rígida, no século 19, deixando quase dois mil poemas escondidos em gavetas, longe de olhos estranhos. Durante sua vida, raramente saiu de casa, recusou a exposição pública e cultivou a poesia como um mistério privado. Após sua morte, porém, tudo mudou: poemas desconhecidos vieram à tona, revelando versos breves, intensos e revolucionários, que confrontaram a tradição literária da época.

O filme que foi exibido uma única vez — e depois desapareceu para sempre Far Out / IMDB

O filme que foi exibido uma única vez — e depois desapareceu para sempre

Jerry Lewis fez um filme sobre um palhaço que leva crianças a uma câmara de gás. Ele se arrependeu no dia seguinte. Exibido uma única vez em segredo, o longa se tornou o maior tabu da história do cinema. Envolto em silêncio desde sua realização em 1972, na Suécia, “The Day the Clown Cried” é uma obra que provoca fascínio e desconforto. Uma espécie de Santo Graal do cinema proibido, o filme, visto por raríssimas pessoas, é ambientado na Segunda Guerra Mundial e narra a história de Helmut Doork, um palhaço fracassado que é preso por satirizar Hitler e acaba sendo forçado pelos nazistas a entreter crianças judias no caminho para as câmaras de gás.

Uma aula de história crua e um diamante bruto no catálogo da Prime Video Divulgação / 01 Distribution

Uma aula de história crua e um diamante bruto no catálogo da Prime Video

A tragédia das disputas fratricidas romperam laços de união e afeto e marcaram a História. Episódios como a rivalidade entre Rômulo e Remo, os míticos fundadores de Roma, ilustram a gravidade dessas confrontações. Matteo Rovere esclarece uns pontos e romantiza outros em “Rômulo & Remo — O Primeiro Rei”, uma releitura bastante idiossincrásica sobre a fundação de Roma. Rovere e os corroteiristas Filippo Gravino e Francesca Manieri carregam de simbolismo (e sangue) um enredo fantástico, que desdobra-se em cenas de estética irrepreensível levadas por um elenco afinado.

O livro que fez Kafka chorar

O livro que fez Kafka chorar

Numa estrada empoeirada da Saxônia do século 16, um homem simples vê sua vida tranquila devastada pela arbitrariedade. Seus cavalos, sua dignidade, tudo lhe é arrancado pelas mãos da autoridade que deveria protegê-lo. Sua reação silenciosa cresce lentamente, consumindo-o até que a injustiça o torne incendiário. Um século depois, numa Praga escura e claustrofóbica, outro homem encontra no primeiro um espelho sombrio de seu próprio tormento. A burocracia kafkiana, as portas fechadas e os papéis inúteis se tornam metáforas vivas dos cavalos roubados. Entre eles, o desespero se repete, como se o tempo não fosse suficiente para apagar velhas injustiças.