Uma aula de história crua e um diamante bruto no catálogo da Prime Video Divulgação / 01 Distribution

Uma aula de história crua e um diamante bruto no catálogo da Prime Video

A tragédia das disputas fratricidas romperam laços de união e afeto e marcaram a História. Episódios como a rivalidade entre Rômulo e Remo, os míticos fundadores de Roma, ilustram a gravidade dessas confrontações. Matteo Rovere esclarece uns pontos e romantiza outros em “Rômulo & Remo — O Primeiro Rei”, uma releitura bastante idiossincrásica sobre a fundação de Roma. Rovere e os corroteiristas Filippo Gravino e Francesca Manieri carregam de simbolismo (e sangue) um enredo fantástico, que desdobra-se em cenas de estética irrepreensível levadas por um elenco afinado.

O livro que fez Kafka chorar

O livro que fez Kafka chorar

Numa estrada empoeirada da Saxônia do século 16, um homem simples vê sua vida tranquila devastada pela arbitrariedade. Seus cavalos, sua dignidade, tudo lhe é arrancado pelas mãos da autoridade que deveria protegê-lo. Sua reação silenciosa cresce lentamente, consumindo-o até que a injustiça o torne incendiário. Um século depois, numa Praga escura e claustrofóbica, outro homem encontra no primeiro um espelho sombrio de seu próprio tormento. A burocracia kafkiana, as portas fechadas e os papéis inúteis se tornam metáforas vivas dos cavalos roubados. Entre eles, o desespero se repete, como se o tempo não fosse suficiente para apagar velhas injustiças.

O filme que foi banido em 46 países — e por que ainda é inacessível hoje Divulgação / Contra Film

O filme que foi banido em 46 países — e por que ainda é inacessível hoje

“A Serbian Film” foi o filme de estreia do cineasta Srđan Spasojević, lançado em junho de 2010 durante o Festival de Cinema Fantasporto, em Portugal. Rapidamente, a produção ganhou repercussão global por conta de sua controvérsia: estética brutal, conteúdo gráfico extremo e debates éticos, políticos e artísticos bastante provocativos. Não conseguiu exibição fácil e acabou banido em alguns países, sendo obrigado a passar por extensas edições em outros.

Ele se matou achando que era um fracasso como escritor. 11 anos depois, ganhou o Pulitzer

Ele se matou achando que era um fracasso como escritor. 11 anos depois, ganhou o Pulitzer

John Kennedy Toole escreveu uma das maiores sátiras da literatura americana, foi ignorado em vida e morreu achando-se fracassado. Onze anos depois, sua obra, “A Confederacy of Dunces” (Uma Confraria de Tolos), ganhou o Pulitzer e se tornou cultuada por leitores e acadêmicos. Este texto percorre os escombros de sua trajetória, da infância precoce ao suicídio abafado, do silêncio das editoras ao furacão de uma mãe obsessiva que reescreveu o destino do filho. Um mergulho literário na sensibilidade que não cabia no mercado, no fracasso como estética, e no aplauso que chega sempre depois.

Ian McKellen nunca esteve tão cruel. E o pior: você vai amá-lo por isso. Disponível no Prime Video Divulgação / Greenwich Entertainment

Ian McKellen nunca esteve tão cruel. E o pior: você vai amá-lo por isso. Disponível no Prime Video

Jimmy Erskine, o protagonista de “O Crítico”, sabe que despendemos muito tempo esmerando-nos por escapar à banalidade, uma batalha perdida que insistimos em travar com os fantasmas menos óbvios que habitam nossas profundezas mais inacessíveis. Anand Tucker ilumina a personalidade lúgubre de um homem sofisticado e poderoso, prestes a experimentar a grande debacle de sua vida, e o roteiro de Patrick Marber desdobra-se em nuanças múltiplas de vício de uma figura tão sorrateira quanto ardilosa.