Um suspense macabro e tocante de Luc Besson no Prime Video: perfeito para quem sabe que os cães são melhores que as pessoas Divulgação / Diamond Films

Um suspense macabro e tocante de Luc Besson no Prime Video: perfeito para quem sabe que os cães são melhores que as pessoas

Para cada desafortunado do mundo há um cão mandado por Deus. A frase do escritor e político francês Alphonse de Lamartine (1790-1869) serve de epígrafe a “Dogman”, um tratado sobre a solidão pós-moderna que tenta fugir do óbvio ao ancorar a história num homem que sobrevive a uma família disfuncional e torna-se um bandido com hábitos nada comuns. Experiente em remover o verniz de hipocrisia das relações, Besson compõe com Jones um tipo burlesco, risível, mas não menos perigoso por saber exatamente de que maneira atacar seus adversários.

Das prateleiras para as telas: a obra-prima da literatura que se transformou em um dos mais belos romances do século 21, na Netflix Divulgação / Focus Features

Das prateleiras para as telas: a obra-prima da literatura que se transformou em um dos mais belos romances do século 21, na Netflix

Poucas narrativas no universo das artes dramáticas exibem tamanha complexidade estrutural e emocional quanto “Desejo e Reparação”, o intricado drama de época dirigido por Joe Wright, baseado na obra homônima de Ian McEwan. Publicado em 2001, o romance, considerado um dos textos mais sofisticados da literatura contemporânea, oferece uma trama que se desdobra em camadas, conduzindo o leitor e, posteriormente, o espectador, por um labirinto de escolhas morais, arrependimentos e verdades inquietantes. O roteiro de Christopher Hampton captura essa essência com uma precisão cirúrgica, mantendo a elegância da narrativa enquanto amplifica sua força visual e emocional.

Indicado a 122 prêmios, vencedor de 2 Oscars que relaciona metáforas com obra-prima de Herman Melville, na Netflix Divulgação / A24

Indicado a 122 prêmios, vencedor de 2 Oscars que relaciona metáforas com obra-prima de Herman Melville, na Netflix

A narrativa se desenrola ao longo de uma semana, numa cadência que mistura momentos de desesperança com lampejos de redenção. Enquanto Charlie luta para se reconectar com Ellie, os espectadores são convidados a refletir sobre os próprios conceitos de culpa, amor e perdão. Hong Chau, em uma atuação impressionante, dá vida a Liz, amiga e cuidadora de Charlie, cuja presença funciona como um contraponto emocional à turbulência do protagonista, valendo-lhe uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante.

Chocante e brutal: filme na lista dos 70 melhores da história do cinema, na Netflix

Chocante e brutal: filme na lista dos 70 melhores da história do cinema, na Netflix

Embora recheado de rostos conhecidos, como Brad Pitt e Diane Kruger, é Waltz quem rouba a cena em um papel que mistura carisma e crueldade em doses iguais. Landa é ao mesmo tempo odiável e fascinante, uma combinação que desafia as expectativas do espectador. Essa complexidade reflete a assinatura de Tarantino: transformar o moralmente repugnante em algo irresistivelmente intrigante.

Kate Winslet e Jack Black em uma das melhores comédias românticas do século 21, na Netflix Divulgação / Columbia Pictures

Kate Winslet e Jack Black em uma das melhores comédias românticas do século 21, na Netflix

A narrativa gira em torno de duas mulheres, Iris (Kate Winslet) e Amanda (Cameron Diaz), que decidem trocar de residências durante as festas de fim de ano, em um esforço para escapar de suas rotinas desgastantes. O que poderia ser apenas uma decisão impulsiva se desdobra em uma jornada de autodescoberta, com cenários emocionais que dialogam com os dilemas interiores de cada personagem. Mais do que uma troca de espaços físicos, o filme aborda temáticas universais como a necessidade de romper padrões destrutivos, a importância do autocuidado e a coragem de recomeçar — questões que ganham relevância em um mundo que valoriza cada vez mais o debate sobre saúde mental.