José J. Veiga. O escritor que morreu duas vezes. O cânone o esqueceu. Os leitores o trouxeram de volta

José J. Veiga. O escritor que morreu duas vezes. O cânone o esqueceu. Os leitores o trouxeram de volta

Nasceu em 1915, entre Corumbá de Goiás e Pirenópolis, em Goiás; aprendeu o ofício em rádios e redações, antes de seguir para Londres, onde, de 1945 a 1949, falou ao Brasil pela BBC. Regressou, editou revista popular, cortou frases, ouviu a rua. Preferiu a discrição ao alarde, publicou tarde, manteve ritmo baixo. Em 1997, recebeu o Machado de Assis. Morreu no Rio de Janeiro, em 1999. Ficou a figura do homem atento: voz baixa e trabalho persistente que evitavam palco.

Pare tudo agora: este é o último grande filme de Mel Gibson — e ele está na Netflix Divulgação / Metropolitan FilmExport

Pare tudo agora: este é o último grande filme de Mel Gibson — e ele está na Netflix

Um dia que reinicia transforma fracasso em dado e acerto em plano. A narrativa acompanha um ex-agente encurralado em um laço temporal, que precisa entender quem o quer morto e por quê. Cada novo começo acrescenta pistas, redefine prioridades e cobra custo físico e emocional. A ação funciona como planilha de erros e correções, com decisões que mudam risco e tempo disponível. O resultado é um estudo de tentativa e ajuste contínuos, em que informação acumulada vale mais que força bruta.

Chamado de filme perfeito, romance com Bradley Cooper já foi visto por 550 milhões de pessoas desde o lançamento — está no Prime Video

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Retratar saúde mental com foco em causalidade exige seguir objetivos, quedas e ajustes que sustentam mudança. A trama acompanha um homem em readaptação, cercado por regras legais, vigilância familiar e metas definidas. O romance funciona como agente prático e altera prioridades quando os acordos viram rotina. Decisões geram medidas, e medidas redefinem risco. A história se move por horários, compromissos e consequências imediatas, sobretudo quando a vida doméstica e os testes públicos passam a exigir desempenho mensurável diante de testemunhas.

Uma das histórias de fim de ano mais amadas de todos os tempos: perfeita para seu domingo, na Netflix Divulgação / Twentieth Century Fox

Uma das histórias de fim de ano mais amadas de todos os tempos: perfeita para seu domingo, na Netflix

Quando nos lembramos de “Milagre na Rua 34”, a primeira imagem que vem à mente não é a de uma fita antiga, mas de um encantamento que insiste em atravessar gerações. É um filme que parece simples, afinal, trata de uma criança que acredita em Papai Noel, mas a graça e a densidade estão justamente em sua capacidade de manipular crenças, instituições e a própria ingenuidade humana com uma destreza quase satírica.

Inspirado na série de livros de Stephen King que vendeu 30 milhões, filme mistura faroeste e ficção científica na Netflix Divulgação / Columbia Pictures

Inspirado na série de livros de Stephen King que vendeu 30 milhões, filme mistura faroeste e ficção científica na Netflix

Ao condensar um universo literário vasto em um filme de ação curto, a produção aposta em ritmo acelerado, explicações rápidas e conflito direto entre bem e mal. Há carisma no herói, teatralidade no vilão e funcionalidade na aventura, mas o conjunto raramente encontra assombro metafísico ou sensação de descoberta. A opção por soluções limpas reduz o peso do perigo anunciado. O resultado entretém, preserva ideias básicas e deixa perguntas sobre o que ficou de fora e sobre caminhos possíveis adiante.