O politicamente correto e seus descontentes

Chega a ser cômico e um pouco assustador ao mesmo tempo. As livrarias físicas e virtuais no Brasil foram invadidas, nos últimos anos, por guias e manuais com a defesa do chamado “politicamente incorreto”. Os conteúdos se aproximam do humor, teorias mirabolantes e informações duvidosas, mas são vendidos com toda a seriedade para multidões de leitores. Uma loja virtual oferece, por exemplo, um kit de oito desses livros por 379 reais. Estamos diante de um fenômeno de massas e rentável para as editoras.

10 filmes na Netflix que deveria ser considerado crime não assistir Divulgação / Warner Bros.

10 filmes na Netflix que deveria ser considerado crime não assistir

Todo ser humano aficionado por cinema deveria receber uma lista de produções obrigatórias para a manutenção da sua envergadura moral como cinéfilo. Aliás, deveria existir um sindicato dos cinéfilos e, digo mais, deveriam existir leis que penalizassem aqueles que se dizem aficionados, mas que se negam a assistir obras obrigatórias, como “O Poderoso Chefão”, “Blade Runner” ou “Sonhos”, do Kurosawa. Brincadeiras à parte, aqui estão alguns dos filmes da Netflix que deveria ser considerado crime não assistir.

Amoroso — Uma Biografia de João Gilberto: a vida e a obra do criador da bossa nova

Amoroso — Uma Biografia de João Gilberto: a vida e a obra do criador da bossa nova

A Bossa Nova e seu criador tiveram sorte ao “cair” nas mãos de intérpretes tão bem-(in)formados e perspicazes quanto Ruy Castro e Zuza Homem de Mello (1933-2020). O primeiro escreveu “Chega de Saudade — A História e as Histórias da Bossa Nova” (Companhia das Letras, 536 páginas). É uma excelente biografia da Bossa Nova e de João Gilberto. Uma bíblia sobre os dois assuntos que, a rigor, são um só. Ainda que a Bossa Nova não tenha sido representada tão-somente pelo criador baiano.

O filme da Netflix que é um soco no estômago

O filme da Netflix que é um soco no estômago

Transpassado por questões sociais de vulto, como o fluxo de emigrantes para a Europa, “O Que Ficou Para Trás” (2020), primeira experiência de Remi Weekes como diretor e no acervo da Netflix, se vale do terror pincelado por ficção científica a fim de se estender sobre a tétrica condição por que passam refugiados em todo o mundo. Um tema que deveria ser motivo de inquietação para todas as sociedades ditas civilizadas.

Felicidade meia-boca

Felicidade meia-boca

Os meus olhos cínicos, ou melhor, os meus olhos clínicos identificam inchaço e hematoma no seu rosto de mulher preta. Todos já sabem que foi surra do companheiro, mas, ela garante que esbarrou a cabeça numa cômoda, nada de mais, não se preocupe.