Ainda que lance mão de muitos clichês, em “Educação” a diretora Lone Scherfig, conta uma bela história de como o amor — ou o que se imagina que seja o amor — pode mudar a vida de uma garota que ainda não sabe nada sobre o mais humano dos sentimentos, se deixa tomar por ele e sofre quase todas as consequências dessa escolha.

Originalidade é um capital valioso em qualquer atividade, tanto mais nas que tomam forma por meio da arte. O cinema indiano continua sendo uma das manifestações artísticas mais ousadamente criativas no mundo hoje, destacando-se por, de caso pensado ou não, apresentar ao público tramas as mais improváveis. Cioso da história de sua gente, o diretor S. S. Rajamouli traz em “RRR” o conto de liberdade de um povo que se cansa da dominação britânica e vai à luta, ajudado por dois heróis que definem bem o que é a Índia.

Termina mês e começa mês e a gente só pensa em uma coisa: boletos. Isso quando não tem uma crise familiar para resolver, uma ida ao supermercado que vai massacrar seu orçamento, uma fila de banco de duas horas, pelo menos, que vai atrapalhar toda a programação do seu dia. Chega de pensar nos problemas! É hora de sentar, relaxar e ver um filminho tranquilo para esfriar a cabeça na Netflix.

Autor nenhum consegue adaptar uma obra literária para o cinema de maneira inteiramente fidedigna. Sempre há que se fazer uma ou outra correção de rota, a fim de tornar fílmica uma narrativa pensada exclusivamente para o papel. O caso se complica o seu tanto em se tratando de textos religiosos, independentemente do teor místico do que vai ali escrito. “Noé” (2014) é o exemplo de trama feita para desagradar, ainda que só a uma ínfima parcela dos espectadores, justamente pela riqueza de possibilidades.