O sul-coreano Jang Jae-hyun expurga algumas de suas aflições em “O Mistério das Garotas Perdidas” (2019), espécie de tratado surrealista acerca das vulnerabilidades da pobre alma humana, tão dilacerada que não poder guardar suas dores e as partilha com o corpo, pouco mais resistente, mas também condenado a seus tantos limites.
A história levada à tela pelo diretor israelense Oded Raz em 2017 a partir do roteiro dos compatriotas Guy Amir e Hanan Savyon, que também protagonizam a trama, parte de uma ideia das mais perigosas — e muito mais ainda se se considerar de onde vem — a fim de desdobrar um enredo sobre arrependimento, mudança de vida, idealização de um mundo mais justo.
O cinema sempre esteve, assim como o mundo, em constante transformação. Mas os últimos dois anos de pandemia provocaram uma reviravolta e fez com que a indústria reavaliasse sua maneira de produzir, lançar e divulgar os filmes. Quem não se perdeu neste descompasso foi Jordan Peele, que sempre esteve à frente, especialmente nas pautas escolhidas para suas histórias, que trazem à tona temas relevantes e que temos medo de encarar. Desta vez, sua mensagem parece ser menos para o público e mais para a própria indústria cinematográfica.
A estrada para a perdição é larga, porém tenebrosa; uma vez que o homem envereda por essa trilha nefanda da existência, anunciam-se mil outros desvios que, por mais retos que pareçam, conduzem-no à desventura e, quiçá, à morte. Também para que se reduzam as chances de que tal ocorra é que existe a religião. Iain Softley aborda um dos muitos aspectos da prática religiosa em “A Chave Mestra”, em que trata de temas polêmicos sem prejuízo do bom cinema.
Se você é viciado em streaming e sempre está se perguntando o que há de melhor para assistir no momento nas plataformas, a Revista Bula te ajuda a se situar e saber o que ver, independente do seu humor e do momento. Nesta lista, te contamos o que há de mais especial, agora, para conferir na Netflix.
