A escritora britânica Agatha Christie (1890-1976) continua a servir de base para uma infinidade de filmes de suspense. Todavia, em “Entre Facas e Segredos” (2019), Johnson perturba o seu tanto a ordem do estabelecido no gênero e transfigura a narrativa, não importando mais quem fez o quê, mas a que altura da história se vai chegar ao assassino.

Do aclamado criador de efeitos especiais Ng Yuen-fai, que faz sua estreia em uma direção no cinema neste filme recordista de bilheteria em Hong-Kong, “Exército do Amanhã” narra uma saga futurista de alguns militares chineses para combater uma vida alienígena que decidiu residir em seu distrito. Em um mundo destruído pela tecnologia de guerra e pela poluição, os humanos estão nascendo cada vez mais doentes e sem perspectivas de futuro. Em busca da sobrevivência, é preciso destruir essa nova força extraterrestre que alastra entre o povo.

Os seres humanos promoveram muitas transformações no mundo desde que chegaram. Graças a sua inteligência, foi possível dominar outros animais mais fortes, criar sistemas complexos de sociedade, inventar remédios, tecnologias, ir para o espaço, dentre outras coisas que parecem muito loucas quando analisadas sob uma lupa. Mas o homem também promoveu muita destruição, miséria, injustiças e desigualdades. Em “O Troll da Montanha” temos a história de uma espécie mitológica que foi devastada pelo homem e que decidiu sair de suas montanhas para reivindicar seu lar.

Com toda a perícia, Sputore vai levando o espectador a erigir mentalmente a falta de sintonia entre as duas, até porque Filha já é uma adolescente, altamente crítica a tudo e a todos, portanto — especialmente com a entrada de Hilary Swank em cena. A Mulher, essa figura misteriosa, igualmente sem nome, se presta ao papel de superego da menina, uma vez que ela só conhece as noções de humanidade que lhe foram ensinadas por Mãe, que, claro, não é humana.

“Fúria em Alto Mar” não têm protagonistas que enxergam através das paredes ou têm dinheiro o bastante para torrar em mirabolantes projetos de combate ao crime — pelo menos não sem contar com o auxílio de aparelhos de última geração ou o respaldo dos poderosos de turno —, mas mesmo assim Donovan Marsh deixa claro que o que se vai ver em seu filme é uma sucessão de eventos algo fantasiosos, com crises mediadas por tipos de um heroísmo entre o apocalíptico e o farsesco.